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04/10/2006
-
20h48
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
Para conseguir encerrar os 16 anos de domínio do PFL na Bahia, o PT não contou apenas com os votos dos "grandes centros", onde tradicionalmente o partido é bem votado no Estado. Dados finais da eleição divulgados pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) da Bahia revelam que o governador eleito Jaques Wagner (PT) derrotou o governador Paulo Souto (PFL) em 229 (54,91%) dos 417 municípios do Estado.
"Invadimos os grotões do PFL, rachamos o partido e trouxemos para o nosso lado os descontentes com o sistema político vigente desde 90", disse Wagner, logo após a confirmação da sua vitória.
O ex-ministro do Trabalho e Relações Institucionais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva derrotou o seu opositor em oito das dez maiores cidades na Bahia: Salvador, Feira de Santana, Ilhéus, Barreiras, Juazeiro, Jequié, Camaçari e Alagoinhas.
Mesmo onde perdeu, Wagner foi bem votado --em Itabuna, a diferença pró-Souto foi inferior a 2.000 votos; em Vitória da Conquista, 3.166 votos separaram o governador eleito do pefelista.
Em Salvador, maior colégio eleitoral do Estado, Jaques Wagner impôs uma grande diferença a Souto --obteve 678.017 votos (56,71%), contra 408.221 votos dados a Paulo Souto (34,15%). "As oposições perderam muitas eleições na Bahia porque nunca se uniram. Neste ano foi diferente, fizemos um arco muito grande de alianças e sepultamos o carlismo", disse o deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB).
Os números divulgados pelo TRE demonstram que as pequenas cidades fizeram a diferença a favor de Wagner. Em 2002, quando Souto derrotou o ex-ministro, o petista também venceu em Salvador por cerca de 200 mil votos --a diferença a favor do pefelista foi recuperada em algumas grandes cidades e, principalmente, nos pequenos municípios.
"A estratégia adotada pelo PT de trazer para o nosso lado a 'banda B' do PFL foi fundamental", acrescentou o ministro Waldir Pires (Defesa). Desde que foi confirmado como candidato ao governo estadual, Jaques Wagner conversou com todos os candidatos a prefeito filiados ao PFL que perderam as últimas eleições. "Muitas vezes, estes candidatos foram derrotados por políticos do mesmo grupo e estavam descontentes com o tratamento recebido do partido."
Reeleito, o deputado José Carlos Aleluia (PFL) disse que a aliança feita pelo ex-ministro Jaques Wagner foi muito importante para a sua vitória. "Talvez, nós tenhamos subestimado estes acordos." Candidato a vice na chapa de Souto, o ex-ministro Eraldo Tinoco disse que o PFL vai dar a volta por cima em pouco tempo. "Vamos reestruturar o partido para voltarmos à hegemonia eleitoral no Estado."
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Para derrotar ACM, PT invadiu rincões do carlismo
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da Agência Folha, em Salvador
Para conseguir encerrar os 16 anos de domínio do PFL na Bahia, o PT não contou apenas com os votos dos "grandes centros", onde tradicionalmente o partido é bem votado no Estado. Dados finais da eleição divulgados pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) da Bahia revelam que o governador eleito Jaques Wagner (PT) derrotou o governador Paulo Souto (PFL) em 229 (54,91%) dos 417 municípios do Estado.
"Invadimos os grotões do PFL, rachamos o partido e trouxemos para o nosso lado os descontentes com o sistema político vigente desde 90", disse Wagner, logo após a confirmação da sua vitória.
O ex-ministro do Trabalho e Relações Institucionais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva derrotou o seu opositor em oito das dez maiores cidades na Bahia: Salvador, Feira de Santana, Ilhéus, Barreiras, Juazeiro, Jequié, Camaçari e Alagoinhas.
Mesmo onde perdeu, Wagner foi bem votado --em Itabuna, a diferença pró-Souto foi inferior a 2.000 votos; em Vitória da Conquista, 3.166 votos separaram o governador eleito do pefelista.
Em Salvador, maior colégio eleitoral do Estado, Jaques Wagner impôs uma grande diferença a Souto --obteve 678.017 votos (56,71%), contra 408.221 votos dados a Paulo Souto (34,15%). "As oposições perderam muitas eleições na Bahia porque nunca se uniram. Neste ano foi diferente, fizemos um arco muito grande de alianças e sepultamos o carlismo", disse o deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB).
Os números divulgados pelo TRE demonstram que as pequenas cidades fizeram a diferença a favor de Wagner. Em 2002, quando Souto derrotou o ex-ministro, o petista também venceu em Salvador por cerca de 200 mil votos --a diferença a favor do pefelista foi recuperada em algumas grandes cidades e, principalmente, nos pequenos municípios.
"A estratégia adotada pelo PT de trazer para o nosso lado a 'banda B' do PFL foi fundamental", acrescentou o ministro Waldir Pires (Defesa). Desde que foi confirmado como candidato ao governo estadual, Jaques Wagner conversou com todos os candidatos a prefeito filiados ao PFL que perderam as últimas eleições. "Muitas vezes, estes candidatos foram derrotados por políticos do mesmo grupo e estavam descontentes com o tratamento recebido do partido."
Reeleito, o deputado José Carlos Aleluia (PFL) disse que a aliança feita pelo ex-ministro Jaques Wagner foi muito importante para a sua vitória. "Talvez, nós tenhamos subestimado estes acordos." Candidato a vice na chapa de Souto, o ex-ministro Eraldo Tinoco disse que o PFL vai dar a volta por cima em pouco tempo. "Vamos reestruturar o partido para voltarmos à hegemonia eleitoral no Estado."
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