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06/10/2006
-
19h08
ANDREA CATÃO
da Folha Online
O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), coordenador geral da campanha à Presidência do tucano Geraldo Alckmin, ao conceder entrevista nesta tarde, mostrou para onde deve caminhar a campanha pelos próximos 20 dias, os quais antecedem a realização do segundo turno. O PSDB, que atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por conta do escândalo do dossiê por duas semanas antes do primeiro turno, deve passar a se defender nesta fase dos ataques promovidos pelos petistas.
Nesta semana, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, que assumiu a coordenação da campanha de Lula, afirmou que Alckmin, se eleito, vai reduzir o Bolsa Família. O próprio presidente também disse em um de seus discursos que o tucano, ao dizer que fará a "contenção dos gastos correntes", quer, na verdade, dizer que vai "demitir e cortar salários" de servidores.
Na avaliação do senador, essa é uma tentativa "desesperada" do PT para não perder as eleições, pois divulga informações que ele afirma serem "mentirosas" para criar um clima de "terrorismo" e "impedir o crescimento" da candidatura de Geraldo Alckmin. Esse tipo de estratégia, principalmente na questão do Bolsa Família, segundo Guerra, visa a fazer com que Alckmin não aumente sua votação nos Estados do Nordeste, onde Lula conquistou a maioria dos votos.
"A primeira fraude dos coordenadores de Lula é colocar nossa campanha em oposição a setores importantes da sociedade. Os novos coordenadores de campanha [Marta] --pois os anteriores tiveram de ser substituídos por causa dos escândalos que envolvem o partido-- disseram que Alckmin vai acabar com o Bolsa Família, o que não é verdade. Essa ação do petismo é desleal. Visa confundir, e não esclarecer, o eleitorado brasileiro", afirmou Guerra.
De acordo com o senador pernambucano, que voltou a repetir que os programas de transferência de renda tiveram início no governo de Fernando Henrique Cardoso, afirmou que a proposta do PSDB é de "ampliar e melhorar" o Bolsa Família.
Ele, porém, foi evasivo ao ser questionado se a estratégia adotada pelo PT de atacar o candidato Alckmin vai fazer com que a campanha do tucano se torne puramente defensiva. "A tentativa do PT é de falar alguma coisa porque não tem o que falar sobre os próximos quatro anos. Eles partiram do princípio de que iriam matar a eleição no primeiro turno. Por isso é que estão atordoados, sem saber o que fazer."
Guerra disse ainda que o caso do dossiê não deve permear a campanha para o segundo turno, diferente do que ocorreu na primeira fase das eleições, em que o escândalo foi explorado ao máximo por Alckmin. Para ele, foi Lula quem "alterou o discurso". "Alckmin vai apresentar suas propostas e seus compromissos para os próximos quatro anos. Isso não vai ser alterado. O presidente Lula é que alterou o seu discurso. Não tendo o que dizer, não tendo como se defender, ele parte para um processo ofensivo totalmente inconsistente e demagógico."
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da Folha Online
O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), coordenador geral da campanha à Presidência do tucano Geraldo Alckmin, ao conceder entrevista nesta tarde, mostrou para onde deve caminhar a campanha pelos próximos 20 dias, os quais antecedem a realização do segundo turno. O PSDB, que atacou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por conta do escândalo do dossiê por duas semanas antes do primeiro turno, deve passar a se defender nesta fase dos ataques promovidos pelos petistas.
Nesta semana, a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, que assumiu a coordenação da campanha de Lula, afirmou que Alckmin, se eleito, vai reduzir o Bolsa Família. O próprio presidente também disse em um de seus discursos que o tucano, ao dizer que fará a "contenção dos gastos correntes", quer, na verdade, dizer que vai "demitir e cortar salários" de servidores.
Na avaliação do senador, essa é uma tentativa "desesperada" do PT para não perder as eleições, pois divulga informações que ele afirma serem "mentirosas" para criar um clima de "terrorismo" e "impedir o crescimento" da candidatura de Geraldo Alckmin. Esse tipo de estratégia, principalmente na questão do Bolsa Família, segundo Guerra, visa a fazer com que Alckmin não aumente sua votação nos Estados do Nordeste, onde Lula conquistou a maioria dos votos.
"A primeira fraude dos coordenadores de Lula é colocar nossa campanha em oposição a setores importantes da sociedade. Os novos coordenadores de campanha [Marta] --pois os anteriores tiveram de ser substituídos por causa dos escândalos que envolvem o partido-- disseram que Alckmin vai acabar com o Bolsa Família, o que não é verdade. Essa ação do petismo é desleal. Visa confundir, e não esclarecer, o eleitorado brasileiro", afirmou Guerra.
De acordo com o senador pernambucano, que voltou a repetir que os programas de transferência de renda tiveram início no governo de Fernando Henrique Cardoso, afirmou que a proposta do PSDB é de "ampliar e melhorar" o Bolsa Família.
Ele, porém, foi evasivo ao ser questionado se a estratégia adotada pelo PT de atacar o candidato Alckmin vai fazer com que a campanha do tucano se torne puramente defensiva. "A tentativa do PT é de falar alguma coisa porque não tem o que falar sobre os próximos quatro anos. Eles partiram do princípio de que iriam matar a eleição no primeiro turno. Por isso é que estão atordoados, sem saber o que fazer."
Guerra disse ainda que o caso do dossiê não deve permear a campanha para o segundo turno, diferente do que ocorreu na primeira fase das eleições, em que o escândalo foi explorado ao máximo por Alckmin. Para ele, foi Lula quem "alterou o discurso". "Alckmin vai apresentar suas propostas e seus compromissos para os próximos quatro anos. Isso não vai ser alterado. O presidente Lula é que alterou o seu discurso. Não tendo o que dizer, não tendo como se defender, ele parte para um processo ofensivo totalmente inconsistente e demagógico."
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