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09/10/2006 - 10h34

Eleitor mineiro cede e apóia Alckmin, diz PSDB

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O PSDB de Minas Gerais avalia que a boa votação alcançada por Geraldo Alckmin no Estado, segundo colégio eleitoral do país, indica que o eleitor mineiro deixou de considerar uma eventual vitória do tucano paulista como uma ameaça ao projeto Aécio Neves-2010.

Essa resistência havia sido detectada em pesquisas qualitativas realizadas pelo partido no começo do primeiro turno. À medida que foi havendo a quebra da "resistência aos paulistas", conforme dito à Folha pelo staff do PSDB mineiro, Alckmin foi crescendo e será favorecido agora.

No primeiro turno, o ex-governador de São Paulo ficou apenas 1 milhão de votos atrás de Lula, em um total de 13,6 milhões de eleitores de Minas.
O que determinou a quebra dessa resistência, segundo o PSDB, foi o engajamento de Aécio na campanha de Alckmin, desfazendo a imagem de que o paulista seria um obstáculo à tentativa de Aécio se tornar presidente em 2010.

Minas foi um dos Estados mais visitados por Alckmin no primeiro turno. Ele esteve em território mineiro em todas as semanas dos três meses de campanha, sendo que em algumas semanas foi duas vezes, sempre com Aécio a tiracolo.

Esse desejo do eleitorado em ver Aécio presidente, conforme avaliou o publicitário e marqueteiro Paulo Vasconcelos, contribuiu para os 77% dos votos válidos que deram a reeleição ao governador tucano, um recorde na política mineira.

O PT, reconhecendo o peso de Aécio nessa disputa e seguindo orientação de Lula, decidiu enaltecer a boa relação do presidente com o mineiro.

Ou seja, Lula quer usar a imagem de Aécio para evitar não apenas que Alckmin cresça no Estado, como também que ele possa tomar do tucano ao menos 1 milhão de votos.
Lula obteve 50,8% dos votos válidos (5,19 milhões de votos); Alckmin, 40,6% (4,15 milhões).

Esse resultado causou alívio no PSDB-MG, incomodado com comentários de que Alckmin não crescia no Estado pela falta de entusiasmo no engajamento de Aécio, conforme disse à Folha um alto dirigente tucano.

O PSDB-MG diz não temer Alckmin presidente. Aposta que a reeleição vai cair e, assim, Alckmin e Serra deixarão de ameaçar o projeto Aécio-2010. Por isso o PT e seus aliados não querem apenas explorar a boa relação Lula-Aécio. Querem que o sentimento de risco ao projeto 2010 seja retomado. O ex-ministro e deputado federal eleito Ciro Gomes (PSB-CE), por exemplo, já entrou na discussão. "Quem defende Aécio em Minas deve defender Lula."

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