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16/10/2006 - 18h14

PDT vota por neutralidade e não vai apoiar nem Lula nem Alckmin

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CLARICE SPITZ
da Folha Online, no Rio de Janeiro

A maioria da Executiva Nacional do PDT votou hoje pela neutralidade e não vai apoiar oficialmente nem Geraldo Alckmin (PSDB) nem Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pela Presidência da República. Dos 177 representantes da legenda que votaram, uma parcela de 128 optou pela neutralidade.

A Executiva liberou os diretórios estaduais para declararem apoio. Ficaram vedados de declarar seu voto o senador Cristovam Buarque, para o presidente do partido, Carlos Lupi e o secretário-geral Manoel Dias.

Os pedetistas avaliaram as respostas das campanhas de Alckmin e Lula à consulta feita pela legenda sobre compromissos programáticos.

Entre os quatro compromissos listados pelo PDT estava a definição de metas para a implementação da educação em tempo integral no Ensino Fundamental em todo o país, bandeira levantada durante toda a campanha do candidato do partido, Cristovam Buarque, no primeiro turno.

Cristovam disse que não votou mas que já escolheu seu candidato para o segundo turno. "Não estou dizendo que vou votar nulo nem estou dizendo que vou votar em branco, mas estou proibido de falar".

Ele afirmou que Alckmin, após o primeiro turno, tem falado mais sobre educação e adotou diversas propostas do PDT. Segundo Cristovam, o tucano também aceitou diversas propostas do partido como a criação de uma secretaria para erradicação do analfabetismo.

Já Lula, segundo o senador, somente respondeu "generalidades". "Não vejo diferenças nas propostas de mudar o Brasil, mas não posso negar que a resposta que o Alckmin deu à carta do Lupi foi mais detalhada, mais consistente, mais de acordo com a nossa proposta", disse ele.

"Ao mesmo tempo, aqui existe no inconsciente, no imaginário da população, especialmente desse mundo que se chama esquerda, a idéia que o PT e o Lula representam a esquerda", acrescentou ele.

A "neutralidade" do PDT, ainda de acordo com Cristovam, favorece a candidatura de Lula.

"Lutei pela independência do partido, pela neutralidade, para manter a identidade, a cara, os costumes, o hábito, que é o único partido que nunca se meteu em corrupção, nem com o Fernando Henrique Cardoso [ex-presidente] nem com Lula", disse Alceu Collares, que foi candidato do partido ao governo do Rio Grande do Sul.

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