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23/10/2006 - 17h52

Tarso rebate FHC e diz que, após eleições, ele deve ser chamado para diálogo

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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, rebateu as críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso contra o PT e devolveu a acusação de sua legenda usa técnicas "nazistas". "De técnicas nazistas e fascistas, eles [tucanos] é que entendem", afirma. O ministro, no entanto, afirmou que, após as eleições, o ex-presidente deve ser chamado a dialogar, como uma das lideranças da oposição.

"A nossa diferença com o Fernando Henrique não é somente moral, é uma diferença também programática. Isso nós podemos provar pela forma que nós tratamos as quadrilhas que vieram do seu governo", disse o ministro, em uma referência à máfia dos sanguessugas.

"A diferença programática é muito clara também. Nós não só restabelecemos o equilíbrio macroeconômico, mas bloqueamos as privatizações selvagens e estabelecemos programas sociais que eles disseram ser impossível de feito", acrescentou.

O ministro acusou o ex-presidente e o ex-governador Geraldo Alckmin, o candidato a presidente do PSDB, de terem feito "privatizações irresponsáveis" e rebateu a acusação de FHC de que o PT usa técnicas nazistas.

"[Os petistas] não se cansam de repetir mentiras, na velha técnica nazista de mente, mente, mente que pega. E pega mesmo, porque [Adolf] Hitler foi eleito. E depois?", questionou o ex-presidente, em referência ao discurso do PT de que, se eleito, Alckmin venderia grandes estatais.

O ministro afirmou que os tucanos usam técnicas nazistas ao incriminar "em grupo" o PT, em vez de fazer críticas aos indivíduos que cometeram erros. Tarso também afirmou que o assunto das privatizações foi colocado de "forma programática, de forma totalmente leal". "Essa discussão é uma discussão de programa, tanto que colocou os tucanos na defensiva", acrescenta.

"Terceiro turno"

Tarso afirmou não estar preocupado com o que analistas políticas chamam de "terceiro turno" das eleições, isto é, a continuidade do clima belicoso do período eleitoral mesmo após o dia 29.

"Eu não estou preocupado, porque essa tensão é normal em períodos eleitorais. Depois [das eleições], nós vamos procurar todos os setores de oposição para dialogar, independente da ideologia. Quem não quiser conversar, somente vai confirmar uma vocação autoritária, golpista", acrescentou.

Ele disse que o convite também deveria ser estendido ao ex-presidente FHC. "Não só pode [participar do diálogo com o governo], como deve, porque o Fernando Henrique é um líder político, que está guiando ideologicamente a discussão".

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