Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
26/10/2006 - 21h13

Polícia prende sushiman de caso Toninho do PT por falso testemunho

Publicidade

MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas

O sushiman Anderson Gonçalves --uma das testemunhas do caso da morte do prefeito de Campinas (SP) Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT-- foi preso em flagrante hoje à tarde em Amparo (130 km de São Paulo) sob acusação de prestar falso testemunho ao Ministério Público local.

Gonçalves foi preso após testemunhar em um processo que apura eventual envolvimento de funcionários públicos na tentativa de dopá-lo, em 2002, para impedir que ele prestasse depoimento no processo que apura a morte de Toninho.

Toninho foi assassinado em setembro de 2001 quando saía de um shopping de Campinas. Gonçalves foi ouvido em maio passado na CPI dos Bingos, em Brasília, e disse ter ouvido o empresário angolano de casas de bingos José Paulo Teixeira, o Vadinho, e integrantes do PT tramarem o assassinato. O empresário e o PT negam envolvimento.

Após o depoimento na CPI, Gonçalves passou a viver em programa de proteção a testemunha, em São Paulo. Ele chegou hoje ao Fórum de Amparo protegido por 18 policiais.

Vadinho

Em entrevista à Folha em novembro do ano passado, Gonçalves já havia confirmado ter presenciado --escondido embaixo de uma mesa do bingo em que trabalhava-- três reuniões nas quais foram tramadas, segundo ele, a morte de Toninho. Na ocasião, ele não citou Vadinho.

Gonçalves já havia confirmado à Justiça e à Polícia Civil ter testemunhado as três reuniões no Bingo Taquaral, de Campinas. Segundo ele, a trama ocorreu uma semana antes do crime.

Dopado

Em um de seus depoimentos sobre o caso Toninho, Gonçalves afirmou à Justiça ter sido dopado no hospital de Amparo a pedido de um ex-funcionário da Prefeitura de Amparo, Nilton Amâncio (integrante do PT) para não depor no processo.

Amâncio nega o envolvimento. Em decorrência da acusação, a Câmara Municipal de Amparo instaurou uma CEI (Comissão Especial de Inquérito), no início do ano, e encaminhou relatório ao Ministério Público local --que abriu inquérito civil.

"Não apurei a versão dele sobre o caso Toninho, mas comprovei que o que ele dizia sobre ter sido dopado em um hospital de Amparo por um funcionário é mentira", disse o promotor André Luiz Bogato Cunha.

O promotor requisitou prontuários do hospital e descobriu que Gonçalves não foi dopado e permaneceu no local por 40 minutos. Cunha disse que encaminhará um relatório com os motivos da prisão ao juiz do caso Toninho, José Henrique Torres.

Para o Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional de Prevenção e Repressão ao Crime Organizado) de Campinas, os depoimentos do sushiman sobre o caso Toninho são contraditórios. Até o início da noite, Gonçalves não havia constituído advogado.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Toninho do PT
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página