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27/10/2006 - 20h45

Polícia liberta sushiman testemunha do caso Toninho do PT

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MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas

O sushiman Anderson Gonçalves --testemunha no processo que apura a morte do prefeito de Campinas (SP) Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT-- foi solto hoje após ficar duas horas e meia preso.

Ele só foi liberado porque admitiu ter mentido ao acusar petistas de Amparo (130 km de SP) de o terem dopado em 2002. Ele havia sido preso por prestar falso testemunho.

Gonçalves havia declarado ao Ministério Público ter sido dopado a pedido do ex-funcionário da Prefeitura de Amparo, Nilton Amâncio, para que ele não prestasse depoimento no processo do caso Toninho.

Toninho foi assassinado em 2001 quando saía de um shopping de Campinas. O processo sobre o crime está em fase final.

Gonçalves relatou em 2003 à Justiça ter presenciado três reuniões em um bingo nas quais teria sido tramado o assassinato.

O sushiman foi preso ontem à tarde a pedido do Ministério Público de Amparo por falso testemunho, em um processo que apura eventual envolvimento de funcionários municipais na suposta dopagem.

O promotor André Luiz Bogato Cunha afirmou ter conseguido provas de que a versão de Gonçalves é mentirosa e pediu a sua prisão após depoimento.

"O crime de falso testemunho permite a retratação. A partir do momento em que ele decidiu retornar ao Ministério Público e admitir que mentiu, a penalidade foi extinta", disse Cunha.

De acordo com o promotor, o sushiman admitiu que não foi dopado na ocasião, mas que, na verdade, teve uma crise renal e tomou um analgésico.

"Ele demonstrou ter uma personalidade fantasiosa. Caiu a máscara dele. Se ele foi capaz de mentir sobre esse caso [de Amparo], obviamente pode ter criado também a historia sobre as reuniões no bingo", disse.

Gonçalves passou a viver em uma casa mantida por um programa de proteção a testemunhas após ter sido ouvido na CPI dos Bingos, em Brasília, em maio. Na ocasião, ele confirmou a versão sobre a morte de Toninho.

O promotor encaminhou hoje um pedido para que Gonçalves seja excluído do programa de proteção a testemunhas.

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