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31/10/2006 - 16h25

Justiça concede habeas corpus a Luiz Antonio Vedoin

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da Folha Online

O TRF (Tribunal Regional Federal) da 1ª Região concedeu nesta terça-feira habeas corpus ao empresário Luiz Antonio Vedoin, acusado de chefiar a máfia dos sanguessugas.

Vedoin está preso em Cuiabá (MT) desde setembro por envolvimento na compra de um dossiê pelo PT contra políticos tucanos. Ele foi preso depois que a Polícia Federal apreendeu vídeo, DVD e fotos que mostravam o candidato eleito ao governo de São Paulo, José Serra (PSDB), na entrega de ambulâncias da máfia.

O material seria entregue pelo empresário a Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso.

Gedimar e Valdebran foram presos, em São Paulo, com R$ 1,7 milhão. Eles estavam no hotel Ibis, e aguardavam por um emissário de Vedoin, que levaria o dossiê contra o tucano.

O TRF alegou excesso de prazo para soltar o empresário.

Dossiê

Em depoimento à PF, Gedimar disse que foi "contratado pela Executiva Nacional do PT" para negociar com a família Vedoin a compra do dossiê, e que do pacote fazia parte uma entrevista --supostamente à "IstoÉ"-- acusando Serra de envolvimento na máfia dos sanguessugas.

Ele disse ainda que seu contato no PT era alguém de nome "Froud ou Freud". Após a denúncia, o assessor especial da Presidência da República, Freud Godoy, pediu afastamento do cargo. Ele nega as acusações.

Após o episódio, outros nomes ligados ao PT começaram a ser relacionados ao dossiê. A crise derrubou o coordenador da campanha à reeleição de Lula, Ricardo Berzoini, presidente do PT. Ele foi substituído por Marco Aurélio Garcia.

O ex-secretário de Berzoini no Ministério do Trabalho, Bargas, e Lorenzetti procuraram a revista "Época" para oferecer o dossiê. Também caíram.

O ex-diretor do Banco do Brasil também foi afastado da instituição, após denúncia sobre seu suposto envolvimento com o dossiê. Valdebran disse que recebeu parte do dinheiro de uma pessoa chamada "Expedito". Ele teria participado da operação de montagem e divulgação do documento.

Em São Paulo, o então candidato ao governo Aloizio Mercadante (PT) afastou o coordenador de comunicação da campanha Hamilton Lacerda, que teria articulado a publicação da reportagem da "IstoÉ" contra Serra.

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