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31/10/2006
-
21h19
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
A Executiva Nacional do PT se reuniu hoje para avaliar o resultado das eleições. Entre os desafios definidos pelo partido durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é mobilizar a militância para apoiar o projeto de governo e também conseguir verbalizar as demandas da sociedade. Além disso, o partido acena com a necessidade de fazer uma reestruturação interna.
Segundo o presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, o partido terá que conciliar o apoio ao programa de governo com as mudanças que terá que fazer internamente.
"Nós temos que fazer as duas coisas: dar apoio ao governo e fazer nossas transformações", disse.
Garcia admitiu que foi uma falha do partido não ter mobilizado suficientemente a sociedade para apoiar o programa de transformação social realizado durante o primeiro mandato.
Ele disse também que as mudanças no partido precisam ocorrer rapidamente, mas que elas serão feitas de acordo com o estatuto do partido. "Eu quero mudanças rápidas e possíveis."
Por essa razão, as transformações só deverão começar a partir da realização do 3º Congresso do PT, no ano que vem.
Inicialmente previsto para ocorrer no segundo semestre de 2007, ele deverá ser antecipado para o primeiro semestre. A reunião do diretório nacional do PT, no final deste mês, poderá definir a data.
As mudanças na parte estrutural deverão levar em conta, por exemplo, as novas forças políticas do partido mas que essas possíveis alterações "não passam só pela composição [da direção], e sim pela reestruturação de suas próprias práticas e idéias organizativas".
Para Garcia, é importante o partido pensar os próximos dez anos do país que estão sendo construídos agora e como será seu relacionamento com o governo.
A discussão sobre os rumos do PT surgiram com mais força esta semana, após o término das eleições, e com as declarações do ex-ministro José Dirceu, que criticou a tese da "refundação" do partido, defendida pelo ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro. O presidente Lula também falou, logo após sua reeleição, que a legenda deveria passar por transformações.
Desafios
O PT ainda definiu quais os dois desafios que terá que enfrentar, junto com o governo, no novo mandato do presidente Lula.
O primeiro é garantir o crescimento sustentável da economia de forma a garantir o crescimento do emprego, a distribuição da renda e a expansão das políticas sociais, particularmente na área da educação. Já o segundo é fazer a reforma política.
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da Folha Online, em Brasília
A Executiva Nacional do PT se reuniu hoje para avaliar o resultado das eleições. Entre os desafios definidos pelo partido durante o segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é mobilizar a militância para apoiar o projeto de governo e também conseguir verbalizar as demandas da sociedade. Além disso, o partido acena com a necessidade de fazer uma reestruturação interna.
Segundo o presidente interino do PT, Marco Aurélio Garcia, o partido terá que conciliar o apoio ao programa de governo com as mudanças que terá que fazer internamente.
"Nós temos que fazer as duas coisas: dar apoio ao governo e fazer nossas transformações", disse.
Garcia admitiu que foi uma falha do partido não ter mobilizado suficientemente a sociedade para apoiar o programa de transformação social realizado durante o primeiro mandato.
Ele disse também que as mudanças no partido precisam ocorrer rapidamente, mas que elas serão feitas de acordo com o estatuto do partido. "Eu quero mudanças rápidas e possíveis."
Por essa razão, as transformações só deverão começar a partir da realização do 3º Congresso do PT, no ano que vem.
Inicialmente previsto para ocorrer no segundo semestre de 2007, ele deverá ser antecipado para o primeiro semestre. A reunião do diretório nacional do PT, no final deste mês, poderá definir a data.
As mudanças na parte estrutural deverão levar em conta, por exemplo, as novas forças políticas do partido mas que essas possíveis alterações "não passam só pela composição [da direção], e sim pela reestruturação de suas próprias práticas e idéias organizativas".
Para Garcia, é importante o partido pensar os próximos dez anos do país que estão sendo construídos agora e como será seu relacionamento com o governo.
A discussão sobre os rumos do PT surgiram com mais força esta semana, após o término das eleições, e com as declarações do ex-ministro José Dirceu, que criticou a tese da "refundação" do partido, defendida pelo ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro. O presidente Lula também falou, logo após sua reeleição, que a legenda deveria passar por transformações.
Desafios
O PT ainda definiu quais os dois desafios que terá que enfrentar, junto com o governo, no novo mandato do presidente Lula.
O primeiro é garantir o crescimento sustentável da economia de forma a garantir o crescimento do emprego, a distribuição da renda e a expansão das políticas sociais, particularmente na área da educação. Já o segundo é fazer a reforma política.
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