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08/11/2006
-
11h07
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O Conselho de Ética do Senado adiou mais uma vez, nesta quarta-feira, a votação do processo de cassação do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), acusado de envolvimento na máfia das ambulâncias.
Não houve quorum (número mínimo de senadores presentes à sessão) para o início da votação do parecer do senador Jefferson Peres (PDT-AM), que pede a cassação de Suassuna. Apenas cinco senadores compareceram ao Conselho de Ética, enquanto o mínimo necessário era de oito parlamentares.
O esvaziamento da sessão teria sido articulado por lideranças do PMDB em reunião realizada na noite desta terça-feira, numa espécie de "operação abafa" para salvar Suassuna da cassação.
Processo pode ser arquivado
Como o senador não foi reeleito, a estratégia dos peemedebistas é impedir a votação até o final da legislatura, quando o processo pode ser arquivado --o que livraria Suassuna de ficar inelegível por oito anos, caso o Senado e o Conselho aprovem a sua cassação.
"É imperativo votar. [Se houve acordão], isso afunda de vez a credibilidade do Conselho", criticou o senador Demóstenes Torres (PFL-GO).
O relator Jefferson Peres também criticou o adiamento da votação. "A pior das posições é não votar." Peres disse não ter conhecimento do possível "acordão", mas não descartou a possibilidade da "operação abafa" ter sido deflagrada. "Eu não tratei com ninguém, mas se a maioria decidiu, essa é uma Casa política", afirmou.
Sem "operação abafa"
Os senadores peemedebistas reagiram à acusação. O presidente do Conselho, senador João Alberto (PMDB-MA), disse que não houve "operação abafa". "Não acertaram nada comigo, não houve nenhuma tratativa de nossa parte", enfatizou.
Já o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) também negou a articulação do partido para salvar Suassuna da cassação. "Nada disso foi discutido na reunião de ontem à noite. Não existe enrolação", disse.
O Conselho adiou a votação para o dia 22 de novembro, quando Salgado deve apresentar um parecer em separado, solicitando a aplicação de uma medida disciplinar mais branda para Suassuna, ao invés da cassação.
No início de outubro, quando o Conselho votaria o parecer de Peres, Salgado pediu vistas ao processo, o que adiou a votação para esta quarta-feira.
O regimento do Conselho de Ética prevê, além da cassação, advertência, censura verbal ou escrita e perda temporária do mandato para os senadores acusados de quebra do decoro parlamentar.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Ney Suassuna
"Acordão" adia votação da cassação de Suassuna no Conselho de Ética
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da Folha Online, em Brasília
O Conselho de Ética do Senado adiou mais uma vez, nesta quarta-feira, a votação do processo de cassação do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), acusado de envolvimento na máfia das ambulâncias.
Não houve quorum (número mínimo de senadores presentes à sessão) para o início da votação do parecer do senador Jefferson Peres (PDT-AM), que pede a cassação de Suassuna. Apenas cinco senadores compareceram ao Conselho de Ética, enquanto o mínimo necessário era de oito parlamentares.
O esvaziamento da sessão teria sido articulado por lideranças do PMDB em reunião realizada na noite desta terça-feira, numa espécie de "operação abafa" para salvar Suassuna da cassação.
Processo pode ser arquivado
Como o senador não foi reeleito, a estratégia dos peemedebistas é impedir a votação até o final da legislatura, quando o processo pode ser arquivado --o que livraria Suassuna de ficar inelegível por oito anos, caso o Senado e o Conselho aprovem a sua cassação.
"É imperativo votar. [Se houve acordão], isso afunda de vez a credibilidade do Conselho", criticou o senador Demóstenes Torres (PFL-GO).
O relator Jefferson Peres também criticou o adiamento da votação. "A pior das posições é não votar." Peres disse não ter conhecimento do possível "acordão", mas não descartou a possibilidade da "operação abafa" ter sido deflagrada. "Eu não tratei com ninguém, mas se a maioria decidiu, essa é uma Casa política", afirmou.
Sem "operação abafa"
Os senadores peemedebistas reagiram à acusação. O presidente do Conselho, senador João Alberto (PMDB-MA), disse que não houve "operação abafa". "Não acertaram nada comigo, não houve nenhuma tratativa de nossa parte", enfatizou.
Já o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) também negou a articulação do partido para salvar Suassuna da cassação. "Nada disso foi discutido na reunião de ontem à noite. Não existe enrolação", disse.
O Conselho adiou a votação para o dia 22 de novembro, quando Salgado deve apresentar um parecer em separado, solicitando a aplicação de uma medida disciplinar mais branda para Suassuna, ao invés da cassação.
No início de outubro, quando o Conselho votaria o parecer de Peres, Salgado pediu vistas ao processo, o que adiou a votação para esta quarta-feira.
O regimento do Conselho de Ética prevê, além da cassação, advertência, censura verbal ou escrita e perda temporária do mandato para os senadores acusados de quebra do decoro parlamentar.
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