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10/11/2006 - 18h30

Para líder do PT, Wagner terá que reverter 16 anos de demandas represadas

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FELIPE NEVES
da Folha Online

O líder do PT na Assembléia Legislativa da Bahia, deputado Yulo Oiticica, afirmou nesta sexta-feira que o grande desafio do governador eleito Jaques Wagner (PT) será reverter "16 anos de uma demanda social represada gigantesca" porque as gestões do PFL no Estado foram marcadas por "malvadeza, perseguição política e truculência".

Para reconstruir o "imaginário" do Estado, explicou o deputado, o governo petista precisa "ter como princípio tanto a democracia, como a transparência".

Oiticica acredita que a eleição de Wagner despertou "enormes esperanças". E isso, argumentou, aumenta ainda mais a responsabilidade do partido. "Ao PT e ao governo Wagner, está colocado o desafio de administrar as esperanças e anseios despertadas após a vitória", disse.

Uma dessas "esperanças despertadas" é, na opinião do líder, o diálogo com os movimentos sociais. Segundo ele, "apenas dialogar" é pouco para a "tarefa histórica" colocada. "A gente vai ter que continuar do lado destes segmentos", afirmou.

O líder defendeu que, para diminuir os contrastes sociais do Estado, o governo petista precisa "desenvolver um novo modelo econômico para a Bahia", para combater o problema da concentração da renda.

"[Temos que criar um] novo modelo capaz de gerar riqueza, mas ao mesmo tempo pagar as dívidas sociais distribuindo essa riqueza", disse.

Para alcançar esse objetivo, Oiticica --que é da equipe de transição do governo-- sinalizou que Wagner vai buscar aprofundar políticas públicas que deram certo no governo federal, como o Bolsa Família e o Luz Para Todos.

Na opinião de Oiticica, a luta contra a pobreza na Bahia vai exigir "maturidade" e "humildade". "Isso vai exigir do PT e do governo Wagner uma imensa capacidade de negociação parlamentar e social, paciência, maturidade, humildade e foco estratégico", disse.

Novo governo

Segundo Oiticica, até o dia 15 de dezembro, Wagner irá "apresentar todo o seu primeiro escalão". Ele não quis adiantar nenhum nome para o secretariado, sequer o dele próprio.

"Sou um militante disciplinado, estarei onde o governador quiser", disse, embora tenha deixado escapar que se sente preparado para assumir uma pasta ligada a direitos humanos --ele ocupou a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa da Bahia entre 2002 e 2004.

Apesar de ser líder da bancada, Oiticica não conseguiu se reeleger deputado estadual --ele ficou como primeiro suplente da coligação.

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