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14/11/2006
-
16h47
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), fez duras críticas nesta terça-feira às negociações conduzidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ampliar a participação do PMDB no governo federal. Temer disse que as conversas caminham em um passo "equivocado", e não descarta um novo "racha" no partido no final do processo de composição do novo governo.
Segundo Temer, interlocutores do presidente substituíram as negociações institucionais com o PMDB por conversas "individuais" com peemedebistas alinhados a Lula.
"Estão abandonando as negociações institucionais, que estão sendo pessoais. Isso repete os erros do passado. A seguir nesse ritmo, não haverá unidade no PMDB. Esse gestual político acaba levando para a divisão do PMDB", criticou Temer.
O deputado disse que vai permanecer independente nas negociações com o governo. "Me declaro em posição de independência absoluta ao não ver o PMDB institucionalmente convocado para o diálogo. O problema não é com o deputado fulano de tal, mas com a instituição PMDB", disse.
Coalizão
Apesar de se mostrar favorável à chamada "coalizão política" proposta pelo presidente Lula na composição de forças para o seu segundo governo, Temer criticou a mudança no rumo proposto inicialmente por Lula. "Eu não estou reclamando do presidente, mas as coisas estão tomando um rumo que me parece inadequado. Qual é o significado de coalizão? É política, com partidos partícipes do governo e co-responsáveis por ele", criticou.
O presidente do PMDB sinalizou, no entanto, que pode dialogar com o governo federal se o presidente Lula retomar as conversas institucionalmente. "Posso até fazer parte de uma trincheira, mas não posso ser ditador do partido. Eu não me insurgiria contra uma decisão partidária", afirmou.
Temer negou, no entanto, que esteja disposto a aceitar um ministério no governo Lula como forma de unificar o partido em torno do presidente. "Isso foi insinuado no passado, não agora. Embora eu continuasse não querendo, a Constituição me impede porque já tenho mais de 65 anos", disse.
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da Folha Online, em Brasília
O presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP), fez duras críticas nesta terça-feira às negociações conduzidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ampliar a participação do PMDB no governo federal. Temer disse que as conversas caminham em um passo "equivocado", e não descarta um novo "racha" no partido no final do processo de composição do novo governo.
Segundo Temer, interlocutores do presidente substituíram as negociações institucionais com o PMDB por conversas "individuais" com peemedebistas alinhados a Lula.
"Estão abandonando as negociações institucionais, que estão sendo pessoais. Isso repete os erros do passado. A seguir nesse ritmo, não haverá unidade no PMDB. Esse gestual político acaba levando para a divisão do PMDB", criticou Temer.
O deputado disse que vai permanecer independente nas negociações com o governo. "Me declaro em posição de independência absoluta ao não ver o PMDB institucionalmente convocado para o diálogo. O problema não é com o deputado fulano de tal, mas com a instituição PMDB", disse.
Coalizão
Apesar de se mostrar favorável à chamada "coalizão política" proposta pelo presidente Lula na composição de forças para o seu segundo governo, Temer criticou a mudança no rumo proposto inicialmente por Lula. "Eu não estou reclamando do presidente, mas as coisas estão tomando um rumo que me parece inadequado. Qual é o significado de coalizão? É política, com partidos partícipes do governo e co-responsáveis por ele", criticou.
O presidente do PMDB sinalizou, no entanto, que pode dialogar com o governo federal se o presidente Lula retomar as conversas institucionalmente. "Posso até fazer parte de uma trincheira, mas não posso ser ditador do partido. Eu não me insurgiria contra uma decisão partidária", afirmou.
Temer negou, no entanto, que esteja disposto a aceitar um ministério no governo Lula como forma de unificar o partido em torno do presidente. "Isso foi insinuado no passado, não agora. Embora eu continuasse não querendo, a Constituição me impede porque já tenho mais de 65 anos", disse.
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