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16/11/2006
-
17h13
ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
No primeiro encontro com dirigentes do PT depois da reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pedido claro para que o partido não crie problemas no seu segundo mandato --o que inclui evitar cobranças públicas sobre cargos para o próximo governo.
O presidente ressaltou, segundo apuração da Folha Online, que muitos dos problemas enfrentados nos últimos quatro anos foram criados por petistas que se envolveram em denúncias de corrupção ou externaram críticas ao governo federal, sobretudo à política econômica.
"O presidente pediu para que a gente fortaleça, cuide do partido, e evite os problemas que existiram. Não queremos que [o encontro de hoje] seja caracterizado como cobrança por cargos", disse a 2ª vice-presidente do PT, deputada Maria do Rosário (RS).
Em contrapartida, os dirigentes do PT cobraram do presidente maior diálogo com o partido nos próximos anos. Segundo a líder do partido no Senado, Ideli Salvatti (SC), Lula admitiu que errou na articulação política nos últimos quatro anos e está disposto a dialogar pessoalmente, com maior freqüência, com o PT.
"Ele mesmo reconheceu que dedicou pouco tempo às questões de articulações políticas. Ele vai fazer isso pessoalmente, sem deixar para ligar quando estamos na emergência ou na crise", disse.
Tarso deve seguir no cargo
Apesar de demonstrar disposição para o diálogo pessoal com o PT, Lula designou o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) para fazer a ponte entre ele e a bancada. Ao indicar Genro, o presidente sinalizou que o ministro vai continuar no cargo no segundo mandato.
A recomendação do presidente para que o PT não crie problemas no seu segundo mandato foi uma resposta às cobranças dos petistas por mais cargos na Esplanada dos Ministérios.
Os dirigentes presentes no encontro disseram que o partido não pode ser diminuído em nome da coalizão porque saiu das urnas fortalecido, com o maior número de votos em legenda para a Câmara Federal.
Os petistas também avisaram ao presidente que não abrem mão de disputar a Presidência da Câmara. "A bancada do PT vai buscar reivindicar a Presidência da Câmara. É claro que vamos dialogar com o PT e o PC do B, mas o PT acha que é justo que venha reivindicar [a vaga]", disse Maria do Rosário.
Também participaram da reunião, os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais) e Luiz Dulci (Secretaria Geral), o terceiro vice-presidente do PT, Jilmar Tatto, secretário-geral interino do PT, Joaquim Soriano, entre outros.
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Lula pede a PT que não crie problemas no seu segundo mandato
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
No primeiro encontro com dirigentes do PT depois da reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pedido claro para que o partido não crie problemas no seu segundo mandato --o que inclui evitar cobranças públicas sobre cargos para o próximo governo.
O presidente ressaltou, segundo apuração da Folha Online, que muitos dos problemas enfrentados nos últimos quatro anos foram criados por petistas que se envolveram em denúncias de corrupção ou externaram críticas ao governo federal, sobretudo à política econômica.
"O presidente pediu para que a gente fortaleça, cuide do partido, e evite os problemas que existiram. Não queremos que [o encontro de hoje] seja caracterizado como cobrança por cargos", disse a 2ª vice-presidente do PT, deputada Maria do Rosário (RS).
Em contrapartida, os dirigentes do PT cobraram do presidente maior diálogo com o partido nos próximos anos. Segundo a líder do partido no Senado, Ideli Salvatti (SC), Lula admitiu que errou na articulação política nos últimos quatro anos e está disposto a dialogar pessoalmente, com maior freqüência, com o PT.
"Ele mesmo reconheceu que dedicou pouco tempo às questões de articulações políticas. Ele vai fazer isso pessoalmente, sem deixar para ligar quando estamos na emergência ou na crise", disse.
Tarso deve seguir no cargo
Apesar de demonstrar disposição para o diálogo pessoal com o PT, Lula designou o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) para fazer a ponte entre ele e a bancada. Ao indicar Genro, o presidente sinalizou que o ministro vai continuar no cargo no segundo mandato.
A recomendação do presidente para que o PT não crie problemas no seu segundo mandato foi uma resposta às cobranças dos petistas por mais cargos na Esplanada dos Ministérios.
Os dirigentes presentes no encontro disseram que o partido não pode ser diminuído em nome da coalizão porque saiu das urnas fortalecido, com o maior número de votos em legenda para a Câmara Federal.
Os petistas também avisaram ao presidente que não abrem mão de disputar a Presidência da Câmara. "A bancada do PT vai buscar reivindicar a Presidência da Câmara. É claro que vamos dialogar com o PT e o PC do B, mas o PT acha que é justo que venha reivindicar [a vaga]", disse Maria do Rosário.
Também participaram da reunião, os ministros Tarso Genro (Relações Institucionais) e Luiz Dulci (Secretaria Geral), o terceiro vice-presidente do PT, Jilmar Tatto, secretário-geral interino do PT, Joaquim Soriano, entre outros.
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