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17/11/2006
-
18h04
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O PMDB já entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parte da conta que ele terá que pagar se quiser ter o apoio da maioria do partido no seu segundo mandato. Em conversa com peemedebistas nesta semana, o petista foi informado que o partido almeja as presidências da Câmara e do Senado e os cargos de liderança do governo nas duas Casas Legislativas e no Congresso. O PT também pleiteia a liderança do governo no Senado, cargo ocupado hoje por Romero Jucá (RR), do PMDB.
Por conta das divergências entre os aliados, o presidente avisou aos peemedebistas que não pretende fazer a reforma ministerial neste ano e indicou que pode promover as mudanças no primeiro escalão somente depois das eleições para as presidências da Câmara e do Senado, em fevereiro.
O presidente quer usar este tempo para tentar apaziguar a disputa entre os partidos aliados e acomodar as forças políticas no Congresso. Somente depois disso é que avalia ser possível montar um governo de coalizão.
No Planalto, também se avalia que enquanto a reforma não for decidida, o noticiário fica circunscrito ao tema, tirando da pauta os escândalos que cercam o governo, o que é bom para o presidente Lula.
Lula se reuniu nesta sexta-feira com o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o senador José Sarney (AP), seus interlocutores no PMDB, quando comunicou sua decisão de adiar a reforma ministerial. Inicialmente as mudanças eram aguardadas para dezembro.
Diante da indicação do presidente Lula de que vai trabalhar para que a Presidência do Senado fique com o partido, os dois senadores deram sinal verde para que ele gaste o tempo que for necessário para compor o próximo governo.
"O presidente vai esperar ao máximo e faz questão de fugir dos prazos, inclusive o do dia primeiro. Um governo de coalizão requer certa preparação dos partidos. Nós concordamos com ele", afirmou Renan.
Na próxima semana, o presidente volta a se reunir com lideranças do PMDB, como o deputado Geddel Vieira Lima (BA), que almeja a Presidência da Câmara, e o presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP).
Segundo Renan, Lula deve se reunir sozinho com Temer. "Ele sabe o caminho, não precisa ir com a executiva", ironizou o senador sobre a possibilidade de Temer ir acompanhado da executiva do partido. Já antevendo problemas com estes encontros no PMDB, Lula avisou a Renan e Sarney, segundo o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), que a conversa "não tem postura de exclusão".
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O PMDB já entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parte da conta que ele terá que pagar se quiser ter o apoio da maioria do partido no seu segundo mandato. Em conversa com peemedebistas nesta semana, o petista foi informado que o partido almeja as presidências da Câmara e do Senado e os cargos de liderança do governo nas duas Casas Legislativas e no Congresso. O PT também pleiteia a liderança do governo no Senado, cargo ocupado hoje por Romero Jucá (RR), do PMDB.
Por conta das divergências entre os aliados, o presidente avisou aos peemedebistas que não pretende fazer a reforma ministerial neste ano e indicou que pode promover as mudanças no primeiro escalão somente depois das eleições para as presidências da Câmara e do Senado, em fevereiro.
O presidente quer usar este tempo para tentar apaziguar a disputa entre os partidos aliados e acomodar as forças políticas no Congresso. Somente depois disso é que avalia ser possível montar um governo de coalizão.
No Planalto, também se avalia que enquanto a reforma não for decidida, o noticiário fica circunscrito ao tema, tirando da pauta os escândalos que cercam o governo, o que é bom para o presidente Lula.
Lula se reuniu nesta sexta-feira com o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), e o senador José Sarney (AP), seus interlocutores no PMDB, quando comunicou sua decisão de adiar a reforma ministerial. Inicialmente as mudanças eram aguardadas para dezembro.
Diante da indicação do presidente Lula de que vai trabalhar para que a Presidência do Senado fique com o partido, os dois senadores deram sinal verde para que ele gaste o tempo que for necessário para compor o próximo governo.
"O presidente vai esperar ao máximo e faz questão de fugir dos prazos, inclusive o do dia primeiro. Um governo de coalizão requer certa preparação dos partidos. Nós concordamos com ele", afirmou Renan.
Na próxima semana, o presidente volta a se reunir com lideranças do PMDB, como o deputado Geddel Vieira Lima (BA), que almeja a Presidência da Câmara, e o presidente nacional do PMDB, Michel Temer (SP).
Segundo Renan, Lula deve se reunir sozinho com Temer. "Ele sabe o caminho, não precisa ir com a executiva", ironizou o senador sobre a possibilidade de Temer ir acompanhado da executiva do partido. Já antevendo problemas com estes encontros no PMDB, Lula avisou a Renan e Sarney, segundo o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), que a conversa "não tem postura de exclusão".
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