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17/11/2006
-
19h16
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) criticou hoje o Bolsa Família, principal programa social do governo Lula. Para a entidade, o programa "vicia" e não estimula as pessoas mais pobres a procurar emprego. Dom Aldo Pagotto, presidente da Comissão Episcopal Pastoral e Ação Social, que verbalizou as críticas, disse que a opinião da maioria dos bispos da Igreja Católica é que se não houver mudanças "o programa não vai levar a nada".
O bispo disse que atua em João Pessoa (PB) e que tem observado que o Bolsa Família --pelo qual o governo distribui dinheiro para famílias de baixa renda-- por não exigir contrapartidas tem efeito maléfico sobre os mais pobres. "Não estamos muito satisfeitos com o programa como está. Há pessoas no Nordeste que não querem mais trabalhar, que se contentam com o mínimo [recebido pelo programa]", disse.
Conforme o bispo, o programa tem levado seus beneficiários a uma "acomodação", pois não estimula o agrupamento de pessoas, pois trata-se de uma ajuda pessoal. "No campo há uma favelização", disse.
Dom Aldo sugeriu ao presidente Lula que "escute mais o povo" e reveja o Bolsa Família. "Nossas críticas são construtivas. Não é para combater o programa, as intenções são boas, mas questionamos a metodologia", disse.
Como sugestão, a CNBB sugere que o governo obrigue as pessoas que recebem o benefício a participar de cursos profissionalizantes. O ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome --responsável pelo programa-- informou que irá divulgar nota para rebater as críticas.
Especial
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Para CNBB, Bolsa Família "vicia e acomoda"
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da Folha Online, em Brasília
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) criticou hoje o Bolsa Família, principal programa social do governo Lula. Para a entidade, o programa "vicia" e não estimula as pessoas mais pobres a procurar emprego. Dom Aldo Pagotto, presidente da Comissão Episcopal Pastoral e Ação Social, que verbalizou as críticas, disse que a opinião da maioria dos bispos da Igreja Católica é que se não houver mudanças "o programa não vai levar a nada".
O bispo disse que atua em João Pessoa (PB) e que tem observado que o Bolsa Família --pelo qual o governo distribui dinheiro para famílias de baixa renda-- por não exigir contrapartidas tem efeito maléfico sobre os mais pobres. "Não estamos muito satisfeitos com o programa como está. Há pessoas no Nordeste que não querem mais trabalhar, que se contentam com o mínimo [recebido pelo programa]", disse.
Conforme o bispo, o programa tem levado seus beneficiários a uma "acomodação", pois não estimula o agrupamento de pessoas, pois trata-se de uma ajuda pessoal. "No campo há uma favelização", disse.
Dom Aldo sugeriu ao presidente Lula que "escute mais o povo" e reveja o Bolsa Família. "Nossas críticas são construtivas. Não é para combater o programa, as intenções são boas, mas questionamos a metodologia", disse.
Como sugestão, a CNBB sugere que o governo obrigue as pessoas que recebem o benefício a participar de cursos profissionalizantes. O ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome --responsável pelo programa-- informou que irá divulgar nota para rebater as críticas.
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