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21/11/2006
-
09h48
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de jogar para um futuro incerto a composição de seu segundo governo reacendeu velhos traumas entre partidos aliados. O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), que tem reunião marcada com Lula para amanhã, disse que negociar simultaneamente a direção das duas Casas e a reforma ministerial é "inconveniente".
"Acho que os dois assuntos não deveriam ser misturados", disse Temer ontem. O peemedebista apoiou Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições.
Peemedebistas historicamente mais afinados com Lula têm dito, nos bastidores, que consideram "maluquice" protelar o desenho do segundo governo. Será difícil, segundo eles, segurar totalmente o partido no barco petista sem saber ao menos a quantas pastas terá direito. O PMDB quer quatro ministérios ao menos, mas teme que Lula condicione essa fatia no governo à desistência de presidir a Câmara.
No passado, a decisão de Lula de deixar as negociações com os partidos em suspenso já custou caro. Quando formou seu primeiro ministério, no final de 2002, o presidente deixou correrem versões de que abraçaria o PMDB logo de cara. Delegou a José Dirceu a tarefa de negociar com a sigla. Na última hora, desfez o acordo. Dois anos depois, antes da crise do "mensalão", Lula submeteu partidos aliados a uma agonia de nove meses, numa reforma que deu mais poder ao PMDB, tirou espaço do PT e contemplou o PP.
Agora, Lula demonstra não ter pressa. O PSB, por exemplo, deverá ter uma conversa com o petista apenas depois de sua viagem à Nigéria, em dezembro. "Não estamos apreensivos", disse o presidente interino da sigla, Roberto Amaral.
Na reunião com Lula, Temer espera convite formal para compor o governo. Deve dizer ao presidente que ele tem o direito de formar seu governo, mas que deve saber do risco que um atraso representaria para a unidade do PMDB.
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Indefinição sobre 2º governo gera desconfiança entre aliados
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A promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de jogar para um futuro incerto a composição de seu segundo governo reacendeu velhos traumas entre partidos aliados. O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), que tem reunião marcada com Lula para amanhã, disse que negociar simultaneamente a direção das duas Casas e a reforma ministerial é "inconveniente".
"Acho que os dois assuntos não deveriam ser misturados", disse Temer ontem. O peemedebista apoiou Geraldo Alckmin (PSDB) nas eleições.
Peemedebistas historicamente mais afinados com Lula têm dito, nos bastidores, que consideram "maluquice" protelar o desenho do segundo governo. Será difícil, segundo eles, segurar totalmente o partido no barco petista sem saber ao menos a quantas pastas terá direito. O PMDB quer quatro ministérios ao menos, mas teme que Lula condicione essa fatia no governo à desistência de presidir a Câmara.
No passado, a decisão de Lula de deixar as negociações com os partidos em suspenso já custou caro. Quando formou seu primeiro ministério, no final de 2002, o presidente deixou correrem versões de que abraçaria o PMDB logo de cara. Delegou a José Dirceu a tarefa de negociar com a sigla. Na última hora, desfez o acordo. Dois anos depois, antes da crise do "mensalão", Lula submeteu partidos aliados a uma agonia de nove meses, numa reforma que deu mais poder ao PMDB, tirou espaço do PT e contemplou o PP.
Agora, Lula demonstra não ter pressa. O PSB, por exemplo, deverá ter uma conversa com o petista apenas depois de sua viagem à Nigéria, em dezembro. "Não estamos apreensivos", disse o presidente interino da sigla, Roberto Amaral.
Na reunião com Lula, Temer espera convite formal para compor o governo. Deve dizer ao presidente que ele tem o direito de formar seu governo, mas que deve saber do risco que um atraso representaria para a unidade do PMDB.
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