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22/11/2006
-
12h31
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso, que presta depoimento nesta quarta-feira à CPI dos Sanguessugas, manteve a versão apresentada pelo ex-petista Jorge Lorenzetti para a compra do dossiê contra políticos tucanos --que não inclui o pagamento de R$ 1,7 milhão ao empresário Luiz Antonio Vedoin --sócio da Planam e apontado como líder da máfia das ambulâncias.
Expedito reconheceu que participou das negociações para que o PT tivesse acesso ao dossiê, mas negou ter autorizado Gedimar Passos e Valdebran Padilha --presos com o dinheiro que seria usado para negociar o material-- a comprarem o dossiê de Vedoin.
"Participei intensamente da discussão relacionada aos documentos. Mas o meu papel foi analisar os papéis. Nada mais além que isso", disse.
Assim como Lorenzetti, Expedito disse que Vedoin pediu em troca do dossiê somente "apoio jurídico" quando fosse tornar público o conteúdo do material contra o tucano José Serra, governador eleito de São Paulo.
Conteúdo do dossiê
Expedito apresentou, no entanto, detalhes sobre o conteúdo do dossiê antitucano. Segundo o ex-diretor, o material reunia documentos que mostravam como a Planam financiou restos a pagar da campanha de Serra em 2002.
"O Valdebran, o Luiz Antonio e o Darci Vedoin tinham provas documentais disso", afirmou. O dossiê também tinha, segundo ele, cheques e transações financeiras envolvendo Abel Pereira --empresário apontado como elo entre a máfia dos sanguessugas e o PSDB.
Expedito disse à CPI que o PT tinha um "plano B" caso as negociações para divulgar o conteúdo do dossiê naufragassem. A idéia do partido era encaminhar as informações à CPI ou à Justiça Federal. "Eu tinha a obrigação de torná-las públicas, independentemente disso ser chamado de chantagem ou não", disse.
Sobre a origem do dinheiro que seria usado na compra do dossiê, Expedito afirmou não ter informações. O ex-diretor do Banco do Brasil disse que foi pessoalmente a Cuiabá dizer a Vedoin que o PT não compraria o dossiê. Como o dinheiro chegou às mãos de Gedimar e Valdebran, Expedito disse desconhecer.
Em depoimento à CPI nesta terça-feira, Valdebran atribuiu a responsabilidade pelo dinheiro a Gedimar e Expedito --versão contrária à apresentada pelo ex-diretor nesta manhã.
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Expedito diz à CPI que dossiê seria pago com serviços jurídicos a Vedoin
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da Folha Online, em Brasília
O ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso, que presta depoimento nesta quarta-feira à CPI dos Sanguessugas, manteve a versão apresentada pelo ex-petista Jorge Lorenzetti para a compra do dossiê contra políticos tucanos --que não inclui o pagamento de R$ 1,7 milhão ao empresário Luiz Antonio Vedoin --sócio da Planam e apontado como líder da máfia das ambulâncias.
Expedito reconheceu que participou das negociações para que o PT tivesse acesso ao dossiê, mas negou ter autorizado Gedimar Passos e Valdebran Padilha --presos com o dinheiro que seria usado para negociar o material-- a comprarem o dossiê de Vedoin.
"Participei intensamente da discussão relacionada aos documentos. Mas o meu papel foi analisar os papéis. Nada mais além que isso", disse.
Assim como Lorenzetti, Expedito disse que Vedoin pediu em troca do dossiê somente "apoio jurídico" quando fosse tornar público o conteúdo do material contra o tucano José Serra, governador eleito de São Paulo.
Conteúdo do dossiê
Expedito apresentou, no entanto, detalhes sobre o conteúdo do dossiê antitucano. Segundo o ex-diretor, o material reunia documentos que mostravam como a Planam financiou restos a pagar da campanha de Serra em 2002.
"O Valdebran, o Luiz Antonio e o Darci Vedoin tinham provas documentais disso", afirmou. O dossiê também tinha, segundo ele, cheques e transações financeiras envolvendo Abel Pereira --empresário apontado como elo entre a máfia dos sanguessugas e o PSDB.
Expedito disse à CPI que o PT tinha um "plano B" caso as negociações para divulgar o conteúdo do dossiê naufragassem. A idéia do partido era encaminhar as informações à CPI ou à Justiça Federal. "Eu tinha a obrigação de torná-las públicas, independentemente disso ser chamado de chantagem ou não", disse.
Sobre a origem do dinheiro que seria usado na compra do dossiê, Expedito afirmou não ter informações. O ex-diretor do Banco do Brasil disse que foi pessoalmente a Cuiabá dizer a Vedoin que o PT não compraria o dossiê. Como o dinheiro chegou às mãos de Gedimar e Valdebran, Expedito disse desconhecer.
Em depoimento à CPI nesta terça-feira, Valdebran atribuiu a responsabilidade pelo dinheiro a Gedimar e Expedito --versão contrária à apresentada pelo ex-diretor nesta manhã.
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