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23/11/2006
-
09h10
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Com base em imagens de um circuito de TV e na quebra de sigilo telefônico dos envolvidos com o dossiê antitucano, a CPI dos Sanguessugas concluiu ontem cruzamento com o objetivo de desmontar a tese dos ex-petistas envolvidos de que não houve pagamento em dinheiro na aquisição dos documentos.
O material elaborado pela CPI mostra intenso contato telefônico entre os principais acusados no exato momento em que, segundo a Polícia Federal, foi entregue parte do R$ 1,7 milhão que seria supostamente usado para comprar informações da família Vedoin.
Os dados são referentes a troca de telefonemas na manhã de 13 de setembro, data em que Gedimar Passos (que negociava em nome do PT) entregou R$ 1 milhão a Valdebran Padilha, representante da família Vedoin, no hotel Íbis, em São Paulo. Nas 24 horas do dia 13 de setembro, os envolvidos trocaram 247 telefonemas. Pela manhã, Gedimar recebeu dois telefonemas de Expedito Veloso, integrante da equipe de inteligência da campanha do presidente Lula.
Expedito estava em Cuiabá para acompanhar a entrevista que Luiz Antonio e Darci Vedoin concederam à revista "IstoÉ", insinuando a participação no esquema dos sanguessugas de José Serra (PSDB), então candidato ao governo paulista.
Segundo a CPI, o primeiro contato ocorreu às 7h02 do dia 13. Em seguida, Expedito teria ligado também para Valdebran. Às 8h51, as câmeras do hotel Íbis registram a chegada de Hamilton Lacerda, então coordenador de comunicação da campanha de Aloizio Mercadante.
Hamilton aparece carregando uma bolsa preta, que, segundo a PF, continha R$ 1 milhão que foi entregue por Gedimar a Valdebran. As imagens mostram os dois entrando no elevador. Segundo a PF, a entrega do dinheiro ocorreu em seguida.
Segundo as quebras de sigilo telefônico, a partir desse momento, houve intensa troca de telefonemas entre os envolvidos, das 9h13 até as 10h27.
Além disso, usando um suposto telefone frio, Hamilton ligou para Oswaldo Bargas, ex-petista que também estava em Cuiabá para acompanhar a entrevista à "IstoÉ". Minutos depois, as imagens mostram Hamilton saindo do hotel e, logo em seguida, há o registro de um telefonema de seu celular para o de Jorge Lorenzetti, que chefiava o setor de inteligência da campanha de Lula e, segundo a PF, articulou toda a trama.
"Todos estavam interligados. [O cruzamento] é uma prova que põe por terra a tese de que eles não sabiam do pagamento do dinheiro à família Vedoin", disse Carlos Sampaio (PSDB-SP), que é sub-relator da CPI.
O cruzamento mostra ainda que o então coordenador geral da campanha de Lula, Ricardo Berzoini (PT-SP), recebeu 11 ligações de Bargas no dia 13.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a máfia dos sanguessugas
CPI usa ligações e vídeo para rebater versão de ex-petistas
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Com base em imagens de um circuito de TV e na quebra de sigilo telefônico dos envolvidos com o dossiê antitucano, a CPI dos Sanguessugas concluiu ontem cruzamento com o objetivo de desmontar a tese dos ex-petistas envolvidos de que não houve pagamento em dinheiro na aquisição dos documentos.
O material elaborado pela CPI mostra intenso contato telefônico entre os principais acusados no exato momento em que, segundo a Polícia Federal, foi entregue parte do R$ 1,7 milhão que seria supostamente usado para comprar informações da família Vedoin.
Os dados são referentes a troca de telefonemas na manhã de 13 de setembro, data em que Gedimar Passos (que negociava em nome do PT) entregou R$ 1 milhão a Valdebran Padilha, representante da família Vedoin, no hotel Íbis, em São Paulo. Nas 24 horas do dia 13 de setembro, os envolvidos trocaram 247 telefonemas. Pela manhã, Gedimar recebeu dois telefonemas de Expedito Veloso, integrante da equipe de inteligência da campanha do presidente Lula.
Expedito estava em Cuiabá para acompanhar a entrevista que Luiz Antonio e Darci Vedoin concederam à revista "IstoÉ", insinuando a participação no esquema dos sanguessugas de José Serra (PSDB), então candidato ao governo paulista.
Segundo a CPI, o primeiro contato ocorreu às 7h02 do dia 13. Em seguida, Expedito teria ligado também para Valdebran. Às 8h51, as câmeras do hotel Íbis registram a chegada de Hamilton Lacerda, então coordenador de comunicação da campanha de Aloizio Mercadante.
Hamilton aparece carregando uma bolsa preta, que, segundo a PF, continha R$ 1 milhão que foi entregue por Gedimar a Valdebran. As imagens mostram os dois entrando no elevador. Segundo a PF, a entrega do dinheiro ocorreu em seguida.
Segundo as quebras de sigilo telefônico, a partir desse momento, houve intensa troca de telefonemas entre os envolvidos, das 9h13 até as 10h27.
Além disso, usando um suposto telefone frio, Hamilton ligou para Oswaldo Bargas, ex-petista que também estava em Cuiabá para acompanhar a entrevista à "IstoÉ". Minutos depois, as imagens mostram Hamilton saindo do hotel e, logo em seguida, há o registro de um telefonema de seu celular para o de Jorge Lorenzetti, que chefiava o setor de inteligência da campanha de Lula e, segundo a PF, articulou toda a trama.
"Todos estavam interligados. [O cruzamento] é uma prova que põe por terra a tese de que eles não sabiam do pagamento do dinheiro à família Vedoin", disse Carlos Sampaio (PSDB-SP), que é sub-relator da CPI.
O cruzamento mostra ainda que o então coordenador geral da campanha de Lula, Ricardo Berzoini (PT-SP), recebeu 11 ligações de Bargas no dia 13.
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