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28/11/2006
-
11h56
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
Por 12 votos a dois, o Conselho de Ética aprovou o voto em separado do senador Wellington Salgado (PMDB-MG) que pediu uma advertência verbal para o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) no processo que corre contra ele por quebra de decoro parlamentar. Suassuna era acusado de envolvimento com a máfia sanguessuga, chefiada pelo empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam.
A advertência deve ser lida na próxima sessão do Senado. O relatório do senador Jefferson Peres (PDT-AM), que pedia a cassação de Suassuna, nem chegou a ser lido, já que o Conselho deu preferência na votação para o voto em separado de Salgado.
Na sessão de hoje, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) apresentou outro voto em separado --que foi lido por Leomar Quintanilha (PC do B-TO), pedindo o arquivamento do processo contra Suassuna.
Suassuna também se defendeu das acusações e disse que foi massacrado. "Eu não queria que os senhores passassem pela via crucis que eu passei: 140 dias sendo massacrado. Eu virei o símbolo a ser punido por ser do sistema [político]. Mas não sou o sistema, não tive nada a ver com isso, comteu-se uma grande injustiça"
Com a absolvição de Suassuna, a tendência é do Conselho de Ética também livrar da cassação outros dois senadores acusados de envolvimento com a máfia sanguessuga: Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES).
Os dois senadores que votaram contra a advertência verbal foram Jefferson Peres (PDT-AM), relator do processo contra Suassuna e Demóstenes Torres (PFL-GO).
A acusação
No relatório, Péres disse não ter encontrado provas do envolvimento direto de Suassuna na quadrilha sanguessuga.
Mesmo assim, ele pedia a cassação de Suassuna por condescendência criminosa pelo suposto envolvimento de seu ex-assessor Marcelo de Carvalho com a máfia dos sanguessugas. Carvalho foi acusado de receber R$ 225 mil em propina dos Vedoin.
Câmara
Nesta terça-feira, o Conselho do Senado vai fazer uma nova tentativa de votar os outros dois processos contra os senadores Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES).
Na Câmara, o ritmo é mais lento. Nenhum dos 67 processos entrou na pauta de votações do Conselho de Ética. A expectativa do presidente do órgão, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), é que até o final do ano legislativo quatro processos sejam votados pelo Conselho. Os outros 63 processos devem terminar a legislatura sem serem colocados em votação pelo órgão.
"Estou preocupado com o prazo. Existem alguns processos em fase final, uns três ou quatro, mas a maioria não vamos julgar", reconheceu Izar à Folha Online.
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Leia cobertura sobre a máfia dos sanguessugas
Suassuna escapa de cassação e receberá advertência verbal
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da Folha Online, em Brasília
Por 12 votos a dois, o Conselho de Ética aprovou o voto em separado do senador Wellington Salgado (PMDB-MG) que pediu uma advertência verbal para o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) no processo que corre contra ele por quebra de decoro parlamentar. Suassuna era acusado de envolvimento com a máfia sanguessuga, chefiada pelo empresário Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam.
A advertência deve ser lida na próxima sessão do Senado. O relatório do senador Jefferson Peres (PDT-AM), que pedia a cassação de Suassuna, nem chegou a ser lido, já que o Conselho deu preferência na votação para o voto em separado de Salgado.
Alan Marques/FI |
O senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que escapou da cassação no Conselho de Ética |
Suassuna também se defendeu das acusações e disse que foi massacrado. "Eu não queria que os senhores passassem pela via crucis que eu passei: 140 dias sendo massacrado. Eu virei o símbolo a ser punido por ser do sistema [político]. Mas não sou o sistema, não tive nada a ver com isso, comteu-se uma grande injustiça"
Com a absolvição de Suassuna, a tendência é do Conselho de Ética também livrar da cassação outros dois senadores acusados de envolvimento com a máfia sanguessuga: Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES).
Os dois senadores que votaram contra a advertência verbal foram Jefferson Peres (PDT-AM), relator do processo contra Suassuna e Demóstenes Torres (PFL-GO).
A acusação
No relatório, Péres disse não ter encontrado provas do envolvimento direto de Suassuna na quadrilha sanguessuga.
Mesmo assim, ele pedia a cassação de Suassuna por condescendência criminosa pelo suposto envolvimento de seu ex-assessor Marcelo de Carvalho com a máfia dos sanguessugas. Carvalho foi acusado de receber R$ 225 mil em propina dos Vedoin.
Câmara
Nesta terça-feira, o Conselho do Senado vai fazer uma nova tentativa de votar os outros dois processos contra os senadores Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES).
Na Câmara, o ritmo é mais lento. Nenhum dos 67 processos entrou na pauta de votações do Conselho de Ética. A expectativa do presidente do órgão, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), é que até o final do ano legislativo quatro processos sejam votados pelo Conselho. Os outros 63 processos devem terminar a legislatura sem serem colocados em votação pelo órgão.
"Estou preocupado com o prazo. Existem alguns processos em fase final, uns três ou quatro, mas a maioria não vamos julgar", reconheceu Izar à Folha Online.
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