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30/11/2006 - 12h01

PMDB discute ingresso na coalizão, mas dissidentes prometem votar contra

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O PMDB decide nesta quinta-feira, em reunião do conselho político do partido, se vai ingressar oficialmente na coalizão política proposta pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Apesar dos principais líderes do partido estarem unidos em torno da coalizão, o grupo de seis senadores dissidentes promete apresentar a proposta contra o apoio ao governo federal.

O ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcellos --um dos senadores eleitos contrários ao apoio ao governo-- disse que, mesmo com a vitória da ala pró-coalizão, o PMDB não sairá unido desse processo. "Consenso não vai ter. A nossa posição vai ser mantida. Vamos votar contra a coalizão, mas com a disposição de votar o que for importante para o país no Congresso", disse.

Antes do início da reunião, o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), minimizou as ameaças do grupo contrário à coalizão. "Os senadores me disseram que queriam ficar em posição de não-alinhamento com o governo, mas acho que isso não vai atrapalhar [a coalizão]. Eles já disseram que votarão com o governo em projetos de interesse do pais", afirmou.

O governador eleito de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, vai apresentar uma proposta que considera o "meio-termo" para a disputa dentro do PMDB. Ele propõe que o partido, antes de decidir sobre o ingresso na base de apoio do governo, apresente uma contraproposta ao governo federal com pontos-chaves para que o PMDB integre a coalizão.

"A coalizão tem que ser feita para promover um novo pacto federativo, a reforma política, fiscal e tributária, reduzir a sonegação de impostos e a carga fiscal. Senão, é apenas a adesão do partido ao governo. Temos que desdobrar esses itens genéricos apresentados pelo presidente Lula ao partido", defendeu.

Na semana passada, durante reunião da cúpula do PMDB com Lula, o presidente apresentou ao partido uma agenda de sete propostas que serão prioritárias em seu segundo mandato para atrair os aliados em torno da coalizão. Entre as prioridades do Palácio do Planalto para os próximos quatro anos estão a reforma política, a revisão do pacto federativo e a criação de um conselho político dos partidos que integrarem a coalizão.

Temer vai apresentar ao conselho político as propostas do Palácio do Planalto que devem atrair o partido à coalizão. O presidente do partido acredita que a maioria dos peemedebistas vai aprovar as propostas de Lula. O senador José Sarney (PMDB-AP) disse, ao chegar ao encontro, que o apoio do partido ao segundo mandato de Lula vai permitir melhor diálogo do presidente com o Congresso.

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