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03/12/2006 - 09h16

Cabral discute com Lula nome para Saúde

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VALDO CRUZ
KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo, em Brasília

Em conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o governador eleito do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, discutiu a indicação do médico sanitarista José Gomes Temporão para assumir o Ministério da Saúde em uma das vagas de seu partido, o PMDB.

Segundo a Folha apurou, Lula gostou da conversa. E está disposto a bancar Temporão na Saúde. Ele já está no segundo escalão da pasta. É o secretário de Atenção à Saúde.

A nomeação de Temporão, fluminense como Cabral, faz parte da estratégia do presidente de fortalecer a aliança com o governador do Rio. Lula considerou fundamental o apoio do peemedebista para sua vitória no segundo turno.

A cota do PMDB no governo é de três pastas: Saúde, Minas e Energia e Comunicações. A primeira é chefiada interinamente por Agenor Álvares. Os peemedebistas gostariam de dobrar a sua representação, agora que aprovaram oficialmente em reunião do Conselho Político a proposta de coalizão com o governo federal.

O presidente, porém, resiste a conceder seis pastas. Reservadamente, tem falado em quatro ministérios para o partido. Oficializado o apoio, Lula começará a discutir os cargos explicitamente --reservadamente ele já tem feito isso, apesar das negativas públicas.

Permanência de vagas

As outras duas vagas que o partido já possui tendem a ficar com os atuais titulares. O senador José Sarney já disse a Lula que deseja manter Silas Rondeau, seu apadrinhado, em Minas e Energia. Sua filha, Roseana Sarney, tida como ministeriável, não quer entrar para o governo. Avisou a Lula que prefere ajudá-lo no Senado.

Hélio Costa (MG), o outro peemedebista atualmente no ministério, senador que representa a bancada do Senado com aval de Sarney e do presidente do Congresso, Renan Calheiros (AL), deve permanecer nas Comunicações.
A nova pasta que Lula deseja dar ao PMDB é a Integração Nacional. O deputado federal Geddel Vieira Lima (BA), que ensaia uma pré-candidatura a presidente da Câmara, é o nome aventado para esse posto. Lula imagina que comporia assim com o partido.

Mas o PMDB quer mais. Renan gostaria de indicar o presidente da Transpetro, Sérgio Machado (CE), para o Ministério dos Transportes. E a bancada da Câmara cobiçaria mais uma vaga na área de infra-estrutura. É uma conta difícil de ser fechada e que será um teste para a anunciada unidade do PMDB em apoio a Lula.

Bezerra e portos

O presidente Lula admitiu publicamente deixar a formação do novo ministério para fevereiro, em negociação conjunta com as presidências da Câmara e do Senado.

No entanto, em conversas reservadas, o petista sinaliza que poderá confirmar ainda neste mês toda a equipe do segundo mandato. Seria um "presente de Natal" para os ministros, segundo expressão do próprio presidente Lula.

O presidente, porém, já demonstrou em outras reformas ministeriais que tende a estender as negociações. Por isso, há a possibilidade de ele confirmar os atuais ministros que ficarão no mesmo cargo e nomear um ou outro novo integrante do governo.

A disputa por cargos no segundo escalão já começou. A governadora reeleita do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria (PSB), indicou o senador Fernando Bezerra (PTB) para o comando da Infraero, hoje comandada pelo brigadeiro José Carlos Pereira.

Bezerra perdeu a disputa por sua reeleição, mas apoiou Wilma, que pediu a Lula que o abrigasse. Bezerra, que é também líder do governo no Congresso, ficará sem mandato.

Nos estudos de formatação do novo ministério, há possibilidade de os principais portos do país deixarem de ser responsabilidade da pasta dos Transportes e passarem ao controle do Ministério do Desenvolvimento, capitaneado por Luiz Fernando Furlan, que tende a continuar no seu posto.

Outra negociação em curso é dos parlamentares do PP. Eles querem manter no governo federal o ministro Márcio Fortes (Cidades). O presidente Lula, porém, espera a definição da disputa interna pelo comando do partido, atualmente chefiado pelo ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE).

Especial
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