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14/12/2006 - 12h21

Relatório da CPI isenta Freud Godoy de participação no dossiê

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Apesar de indiciar os seis "aloprados" acusados de participação direta na compra do dossiê contra políticos tucanos, o relatório final da CPI dos Sanguessugas isenta Freud Godoy, ex-assessor da Presidência da República, de envolvimento no dossiegate. O nome de Freud chegou a ser apontado como o elo entre o Palácio do Planalto e o esquema montado para a compra do dossiê.

O relator da CPI, senador Amir Lando (PMDB-RO), afirma no texto que não surgiu 'qualquer envolvimento adicional da figura de Freud Godoy nos eventos apurados da operação, a despeito do muito que foi dito pela imprensa sobre sua eventual participação'.

No relatório final da comissão, que tem mais de 900 páginas, Lando retoma a cronologia das negociações para a compra do dossiê e conclui que Gedimar Passos, Valdebran Padilha, Osvaldo Bargas, Jorge Lorenzetti, Hamilton Lacerda e Expedito Veloso tiveram participação direta nas negociações --por isso, pede o indiciamento dos seis por formação de quadrilha.

A primeira parte do relatório é dedicada às investigações sobre o envolvimento do Poder Executivo federal e municipal e suas relações com a máfia dos sanguessugas. Na segunda parte, Lando detalha as investigações complementares realizadas pela CPI, que incluem propostas de controle para evitar novas fraudes em licitações e liberação de emendas parlamentares.

Ambulâncias

Lando também sugere no relatório a instauração de auditoria no TCU (Tribunal de Contas da União) sobre todos os convênios firmados em 2002 para a compra de unidades móveis de saúde que tiveram licitações vencidas pelo grupo Planam.

O senador ainda sugere ao Ministério Público que sejam ouvidos "uma série" de servidores do Ministério da Saúde para apurar a participação dos funcionários nas fraudes para a compra de ambulâncias superfaturadas da Planam.

O relator também aponta irregularidades na implantação do projeto de inclusão digital do Ministério da Ciência e Tecnologia. "Aquilo que se chamou 'esquema sanguessuga' não estava restrito ao grupo Planam, mas já brotavam diversas outras empresas ou grupos empresariais inteiros que tinham como objetivo enriquecer ilicitamente à custa do erário", afirma o senador.

Em uma previsão pessimista, Lando afirma no relatório que "causa verdadeiro pânico imaginar quantos outros grupos empresariais assemelhados podem existir em outros setores da administração pública que ainda seguem impunes".

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