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14/12/2006 - 12h25

Lula defende apoio do Mercosul a "países pobres"

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje, durante cerimônia de instalação do parlamento do Mercosul, ajuda do bloco aos países mais pobres da América do Sul. O presidente citou a Bolívia como exemplo e indicou que o país deve ingressar no Mercosul --formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela-- apenas se houver estímulo.

"Se nós quisermos que a Bolívia entre no Mercosul, e vai entrar, é preciso termos consciência de que é necessário ajudar a Bolívia. Se não, estes países não terão interesse de entrar no Mercosul", afirmou.

O presidente destacou que o parlamento do Mercosul terá como função permitir uma integração maior dos países membros. "Vira e mexe temos problemas de gás, de produtos. Há mais de 40 dias que temos que importar uma água do Uruguai, que já foi testada 80 vezes, e que não foi autorizada", exemplificou. "De vez em quando, tem movimento dos arrozeiros do Rio Grande do Sul para que a gente não importe arroz do Uruguai. Na Ponte da Amizade é uma verdadeira inimizade, uma rigidez exagerada da relação política internacional. Com a criação do parlamento do Mercosul isso vai mudar", prosseguiu.

Congresso

A cerimônia de instalação do órgão foi no plenário do Senado Federal. Esta foi a quinta vez que o presidente esteve no Congresso desde a posse. Lula não se furtou a criticar a demora do parlamento em aprovar medidas que poderão favorecer a relação entre os países.

O presidente citou um episódio do início do seu mandato quando o Senegal solicitou ajuda ao Brasil para acabar com uma praga de gafanhotos que atingiu lavouras de milho.

"Achei que era uma coisa simples, mas demorou quase cinco meses para conseguir mandar um avião porque tem todo um processo de aprovação de lei. Quando o avião chegou lá já havia passado cinco meses e os gafanhotos já tinham acabado com o milharal", disse.

Gafe

A solenidade foi marcada por uma gafe do deputado Sérgio Zambiazzi, presidente da comissão parlamentar conjunta do Mercosul no Congresso. O parlamentar derrubou um copo de água em papéis do presidente. Lula e os demais presentes riram da situação, mas o incidente não prejudicou o pronunciamento do petista.

O presidente também chegou ao Congresso no momento em que a CPI dos Sanguessugas começou a ler o relatório que pediu o indiciamento de seis dos "aloprados" que estariam envolvidos na compra do dossiê contra políticos tucanos para supostamente favorecer a campanha eleitoral de petistas. Os telões do Senado exibiam a sessão da CPI quando Lula entrou no parlamento, mas a imagem foi alterada depois para a reunião do Mercosul.

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