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17/12/2006 - 09h55

Alckmin quer disputar presidência do PSDB

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JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo

Candidato derrotado do PSDB a presidente neste ano, Geraldo Alckmin decidiu, antes de embarcar na última semana para os EUA, que irá disputar a sucessão do senador Tasso Jereissati (CE) no comando do partido em outubro de 2007.

O ex-governador também não descarta a possibilidade de concorrer à Prefeitura de São Paulo em 2008. Antes, no entanto, seus planos políticos passam pela presidência do PSDB e pela reestruturação do partido em todo o país.

A decisão de Alckmin, ainda em caráter reservado, embaralha a correlação de forças que saiu das urnas em outubro e que tem José Serra, governador eleito de São Paulo, e Aécio Neves, governador eleito de Minas, como suas principais estrelas, ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Terminada a eleição, o ex-governador de São Paulo esperava ser automaticamente indicado para o posto de Tasso, o que acabou não ocorrendo. Seus aliados acreditavam até que o senador pudesse renunciar ao cargo antes de outubro.
Por conta da resistência de Tasso e, principalmente, de Serra à idéia, os planos de Alckmin acabaram frustrados. O governador eleito, nome sempre lembrado para 2010, assim como Aécio, sonha em ver FHC à frente da sigla em 2007.
Apesar disso, Alckmin passou o último mês conversando com seu grupo e amealhando apoios fora do Estado.

Do próprio Tasso teria ouvido que ele não fará oposição a seu nome e que o partido precisa de alguém com a disposição do ex-governador paulista para percorrer todo o Brasil, "diretório por diretório".

Tasso teria dito ainda que pretende se dedicar ao Ceará a partir de outubro, deixando o PSDB em segundo plano. Em entrevista ao "Roda Viva" na segunda, chegou a afirmar que apoiaria o nome de Ciro Gomes (PSB) para presidente em 2010.

Viagem
Alckmin deve retornar nesta semana dos EUA, onde passa por um processo de seleção para uma vaga na Universidade de Harvard, em Boston. Ele viajou acompanhado da filha, Sofia. Se aceito, o tucano viajará no ano que vem ao lado da mulher, Lu. O tema do curso será políticas públicas na América Latina.

O ex-governador, no entanto, planeja retornar de vez ao Brasil para o congresso nacional que o PSDB pretende realizar, em meados de 2007.

Nesse contexto, Alckmin apresentará a tese de que os tucanos só poderão sair vitoriosos em 2010 se ampliarem sua interlocução com os movimentos sociais e fincarem pé nos grotões do país. A estratégia é a mesma adotada por ele quando presidiu o PSDB paulista no início dos anos 90, o que acabou lhe garantindo, em 1994, a indicação para vice na chapa que teve Mário Covas (1930-2001) como candidato a governador do Estado.

A tese do grupo ligado a Serra e a FHC, porém, é que o PSDB necessita aprofundar ainda mais seus canais nas universidades e no meio intelectual.

Antes de 2007 e 2008, o PSDB paulista deve definir amanhã o nome do deputado federal eleito da bancada do Estado que irá disputar a liderança do partido na Câmara. A tropa-de-choque de Serra trabalha por Antonio Carlos Pannunzio, mas Silvio Torres conta com metade do apoio do grupo de parlamentares.

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