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01/01/2007
-
20h26
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
O governador eleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), 41, disse hoje, ao tomar posse do cargo, que o "projeto neoliberal" foi derrotado e que a "democracia formal não basta" para "corrigir distorções que atingem toda a sociedade".
"O projeto neoliberal tentou, por longo tempo, esvaziar o papel do Estado, e, por extensão, a essencialidade do serviço público", afirmou, em discurso lido na Assembléia Legislativa. "Esse projeto foi derrotado. A tarefa à frente é reorganizar o serviço público estadual."
Campos creditou sua ascensão ao poder à democracia, mas ressaltou que "a democracia formal não basta". "Ela é insuficiente para corrigir distorções que atingem toda a sociedade e que só podem ser retificadas com a democratização da economia", disse. "O regime democrático tem que abrigar, por definição, as aspirações de todos por uma vida melhor."
Neto do ex-governador Miguel Arraes (1916-2005), que administrou o Estado por três vezes, o novo governador foi aclamado pelas cerca de 3.000 pessoas que acompanharam o evento nas ruas como uma espécie de "continuador" da obra do ex-líder socialista no Estado.
A presença de Campos foi saudada pelos simpatizantes, não com gritos do seu nome, mas do avô: "Arraes, guerreiro do povo brasileiro", diziam. O governador reforçava essa lembrança citando declarações e repetindo atitudes tomadas pelo ex-governante 20 anos atrás.
Assim como Arraes fez ao tomar posse de seu segundo mandato, em 1987, Campos discursou de uma das janelas do palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual.
Do mesmo local onde o avô falou para o povo, em um discurso recheado de referências às diferenças sociais, o novo governador disse que "os que perderam vão começar a ganhar". E, repetindo uma frase dita então por Arraes, declarou: "Que o possível se faça logo e que o impossível o povo ajude a fazer".
Campos ocupou cargos de confiança no segundo e o terceiro governos de Arraes. Na terceira gestão (1995 a 1998), como secretário da Fazenda, administrou as finanças do Estado e envolveu-se no episódio que ficou conhecido como "escândalo dos precatórios", operação que consistiu na venda de títulos públicos estaduais para o pagamento de dívidas judiciais.
O caso conduziu Arraes à sua maior derrota política, em 1998. Campos foi absolvido pela Justiça, mas o episódio marcou sua carreira. Para os próximos quatro anos, ele prometeu "transparência" e "equilíbrio fiscal das contas públicas".
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Eduardo Campos diz, em posse, que projeto neoliberal foi derrotado
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da Agência Folha, em Recife
O governador eleito de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), 41, disse hoje, ao tomar posse do cargo, que o "projeto neoliberal" foi derrotado e que a "democracia formal não basta" para "corrigir distorções que atingem toda a sociedade".
"O projeto neoliberal tentou, por longo tempo, esvaziar o papel do Estado, e, por extensão, a essencialidade do serviço público", afirmou, em discurso lido na Assembléia Legislativa. "Esse projeto foi derrotado. A tarefa à frente é reorganizar o serviço público estadual."
Campos creditou sua ascensão ao poder à democracia, mas ressaltou que "a democracia formal não basta". "Ela é insuficiente para corrigir distorções que atingem toda a sociedade e que só podem ser retificadas com a democratização da economia", disse. "O regime democrático tem que abrigar, por definição, as aspirações de todos por uma vida melhor."
Neto do ex-governador Miguel Arraes (1916-2005), que administrou o Estado por três vezes, o novo governador foi aclamado pelas cerca de 3.000 pessoas que acompanharam o evento nas ruas como uma espécie de "continuador" da obra do ex-líder socialista no Estado.
A presença de Campos foi saudada pelos simpatizantes, não com gritos do seu nome, mas do avô: "Arraes, guerreiro do povo brasileiro", diziam. O governador reforçava essa lembrança citando declarações e repetindo atitudes tomadas pelo ex-governante 20 anos atrás.
Assim como Arraes fez ao tomar posse de seu segundo mandato, em 1987, Campos discursou de uma das janelas do palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual.
Do mesmo local onde o avô falou para o povo, em um discurso recheado de referências às diferenças sociais, o novo governador disse que "os que perderam vão começar a ganhar". E, repetindo uma frase dita então por Arraes, declarou: "Que o possível se faça logo e que o impossível o povo ajude a fazer".
Campos ocupou cargos de confiança no segundo e o terceiro governos de Arraes. Na terceira gestão (1995 a 1998), como secretário da Fazenda, administrou as finanças do Estado e envolveu-se no episódio que ficou conhecido como "escândalo dos precatórios", operação que consistiu na venda de títulos públicos estaduais para o pagamento de dívidas judiciais.
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