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09/01/2007
-
20h24
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande
Uma índia de 70 anos, guarani ou caiuá (a etnia ainda não é conhecida), foi morta a tiro hoje por homens armados dentro de uma fazenda invadida em Amambaí (480 km de Campo Grande), segundo relato feito à Polícia Civil por um índio, ferido no confronto.
Hoje à tarde, a Polícia Federal começou a investigar o assassinato. Valdeci Ximenes, 22, levou três tiros nas pernas. Ele afirmou que os índios foram retirados da fazenda por um grupo armado que matou a índia.
Os policiais encontraram o corpo de Zulita Lopes, 70, próximo a uma aldeia indígena, em Coronel Sapucaia (MS) na fronteira com o Paraguai.
O corpo estava com o grupo de cerca de cem índios retirados da fazenda, que foi invadida no fim da semana passada. No local, a polícia também encontrou Ximenes ferido que foi levado ao hospital.
Os índios dizem que a fazenda faz parte de uma área indígena e, por isso, invadiram as terras.
A reportagem não conseguiu localizar o dono da fazenda Madama, onde aconteceu o conflito.
Pela manhã, a Polícia Civil havia prendido quatro índios acusados de roubar um trator da propriedade.
Violência
Após uma conversa ontem com o secretário da Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini, cerca de 300 índios guaranis, caiuás e terenas liberaram uma rodovia estadual em Dourados (210 km de Campo Grande).
Assassinatos cometidos por índios, consumo de bebidas alcoólicas, de cocaína e maconha até por crianças, prostituição, casos de estupros e brigas levaram lideranças indígenas da reserva indígena de Dourados a bloquear a rodovia.
Com 3.470 hectares, a área abriga cerca de 12 mil índios guaranis, caiuás e terenas. Praticamente transformada em cidade, a reserva é marcada por casos de violência. O presídio de Dourados abriga ao menos 50 índios que cumprem pena por tráfico de drogas e homicídio.
"A nossa reserva está virando uma baderna. Tem armas de fogo. O índio não pode usar armas porque é igual uma criança e atira fácil", afirmou o capitão (líder) guarani Luciano Arévalo, 52.
"Vendem cachaça dentro da reserva. Se não têm dinheiro para comprar bebida, os índios trocam comida pela cachaça", acrescentou o capitão.
"Entra droga também. A maior parte usada por adolescentes e crianças. Hoje a gente não sabe para quem reclamar. O índio vai acabar desse jeito", disse ainda Arévalo. Renato Souza e Getúlio Oliveira, outros dois líderes, confirmam que crianças e adolescentes usam drogas e tomam bebidas alcoólicas.
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Índia é morta a tiros por grupo armado em Mato Grosso do Sul
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da Agência Folha, em Campo Grande
Uma índia de 70 anos, guarani ou caiuá (a etnia ainda não é conhecida), foi morta a tiro hoje por homens armados dentro de uma fazenda invadida em Amambaí (480 km de Campo Grande), segundo relato feito à Polícia Civil por um índio, ferido no confronto.
Hoje à tarde, a Polícia Federal começou a investigar o assassinato. Valdeci Ximenes, 22, levou três tiros nas pernas. Ele afirmou que os índios foram retirados da fazenda por um grupo armado que matou a índia.
Os policiais encontraram o corpo de Zulita Lopes, 70, próximo a uma aldeia indígena, em Coronel Sapucaia (MS) na fronteira com o Paraguai.
O corpo estava com o grupo de cerca de cem índios retirados da fazenda, que foi invadida no fim da semana passada. No local, a polícia também encontrou Ximenes ferido que foi levado ao hospital.
Os índios dizem que a fazenda faz parte de uma área indígena e, por isso, invadiram as terras.
A reportagem não conseguiu localizar o dono da fazenda Madama, onde aconteceu o conflito.
Pela manhã, a Polícia Civil havia prendido quatro índios acusados de roubar um trator da propriedade.
Violência
Após uma conversa ontem com o secretário da Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini, cerca de 300 índios guaranis, caiuás e terenas liberaram uma rodovia estadual em Dourados (210 km de Campo Grande).
Assassinatos cometidos por índios, consumo de bebidas alcoólicas, de cocaína e maconha até por crianças, prostituição, casos de estupros e brigas levaram lideranças indígenas da reserva indígena de Dourados a bloquear a rodovia.
Com 3.470 hectares, a área abriga cerca de 12 mil índios guaranis, caiuás e terenas. Praticamente transformada em cidade, a reserva é marcada por casos de violência. O presídio de Dourados abriga ao menos 50 índios que cumprem pena por tráfico de drogas e homicídio.
"A nossa reserva está virando uma baderna. Tem armas de fogo. O índio não pode usar armas porque é igual uma criança e atira fácil", afirmou o capitão (líder) guarani Luciano Arévalo, 52.
"Vendem cachaça dentro da reserva. Se não têm dinheiro para comprar bebida, os índios trocam comida pela cachaça", acrescentou o capitão.
"Entra droga também. A maior parte usada por adolescentes e crianças. Hoje a gente não sabe para quem reclamar. O índio vai acabar desse jeito", disse ainda Arévalo. Renato Souza e Getúlio Oliveira, outros dois líderes, confirmam que crianças e adolescentes usam drogas e tomam bebidas alcoólicas.
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