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17/01/2007
-
19h31
da Folha Online
O Ministério da Justiça informou na tarde desta quarta-feira que já recebeu da Justiça de São Paulo o pedido de extradição dos fundadores da Igreja Renascer em Cristo, o casal Sônia Haddad Moraes Hernandes e Estevam Hernandes Filho.
Agora, os documentos serão analisados pelo ministério. Se estiver tudo certo, o ministro Márcio Thomaz Bastos assina e encaminha ao Ministério das Relações Exteriores, que é o responsável por enviar o pedido diplomático de extradição às autoridades americanas.
Ainda não há uma data marcada para que o pedido siga da Justiça para as Relações Exteriores. O processo, no entanto, não costuma ser muito longo, segundo funcionários do Ministério da Justiça.
Essa também é a expectativa do promotor do Gaeco (Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado) Arthur Lemos. Ele disse esperar que em, no máximo, três dias o pedido siga para o Ministério das Relações Exteriores.
A Justiça brasileira vai pedir a extradição para que possa ser cumprida a prisão preventiva do casal, decretada há uma semana pelo juiz da 1ª Vara Criminal da capital, Paulo Rossi.
Prisão
Os Hernandes foram detidos no aeroporto de Miami por terem declarado incorretamente à alfândega norte-americana que não carregavam mais de US$ 10 mil cada. O casal portava, entretanto, US$ 56 mil em espécie.
Relatório produzido pela própria alfândega norte-americana revela que o casal transportava os dólares escondidos em diversos compartimentos, como bolsas, porta-CDs e até dentro de uma bíblia, que estava na bagagem de Sônia.
O casal ainda está preso em Miami, embora tenha deixado o Centro de Detenção Federal, como confirmou à Folha Online o Ministério Público de São Paulo. Nesta terça-feira, eles foram transferidos para a detenção da polícia de imigração.
A informação também foi confirmada pelo advogado do casal no Brasil, Luiz Flávio D'Urso. "Eu sei que eles realmente deixaram o presídio federal nos Estados Unidos, mas pelo que eu estou informado, a liberdade deles ainda não é total", disse.
Processo antigo
Sônia e Estevam conseguiram embarcar para os Estados Unidos porque obtiveram no final de dezembro uma liminar no STJ (Superior Tribunal de Justiça) revogando o pedido de prisão preventiva que havia contra eles. Até então, eles eram considerados foragidos.
No Brasil, Sônia e Estevam são acusados de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de divisas e estelionato. Os crimes envolveriam as doações feitas pelos fiéis e a abertura de "empresas fantasmas".
Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado), o Ministério Público Estadual de São Paulo irá pedir para o casal também ser investigado nos Estados Unidos pelo crime de lavagem de dinheiro.
No Brasil, a Justiça já havia bloqueado alguns bens do casal, como um haras na região de Atibaia (SP). Apesar de o casal possuir uma fortuna estimada em R$ 19 milhões, como uma mansão na Flórida, a igreja acumula dívidas de R$ 12 milhões --como os aluguéis dos vários templos da Renascer.
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Pedido de extradição de casal da Renascer chega ao Ministério da Justiça
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O Ministério da Justiça informou na tarde desta quarta-feira que já recebeu da Justiça de São Paulo o pedido de extradição dos fundadores da Igreja Renascer em Cristo, o casal Sônia Haddad Moraes Hernandes e Estevam Hernandes Filho.
Agora, os documentos serão analisados pelo ministério. Se estiver tudo certo, o ministro Márcio Thomaz Bastos assina e encaminha ao Ministério das Relações Exteriores, que é o responsável por enviar o pedido diplomático de extradição às autoridades americanas.
Divulgação |
Bispa Sônia, da Renascer |
Essa também é a expectativa do promotor do Gaeco (Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado) Arthur Lemos. Ele disse esperar que em, no máximo, três dias o pedido siga para o Ministério das Relações Exteriores.
A Justiça brasileira vai pedir a extradição para que possa ser cumprida a prisão preventiva do casal, decretada há uma semana pelo juiz da 1ª Vara Criminal da capital, Paulo Rossi.
Prisão
Os Hernandes foram detidos no aeroporto de Miami por terem declarado incorretamente à alfândega norte-americana que não carregavam mais de US$ 10 mil cada. O casal portava, entretanto, US$ 56 mil em espécie.
Relatório produzido pela própria alfândega norte-americana revela que o casal transportava os dólares escondidos em diversos compartimentos, como bolsas, porta-CDs e até dentro de uma bíblia, que estava na bagagem de Sônia.
Divulgação |
Apóstolo Estevam Hernandes |
A informação também foi confirmada pelo advogado do casal no Brasil, Luiz Flávio D'Urso. "Eu sei que eles realmente deixaram o presídio federal nos Estados Unidos, mas pelo que eu estou informado, a liberdade deles ainda não é total", disse.
Processo antigo
Sônia e Estevam conseguiram embarcar para os Estados Unidos porque obtiveram no final de dezembro uma liminar no STJ (Superior Tribunal de Justiça) revogando o pedido de prisão preventiva que havia contra eles. Até então, eles eram considerados foragidos.
No Brasil, Sônia e Estevam são acusados de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de divisas e estelionato. Os crimes envolveriam as doações feitas pelos fiéis e a abertura de "empresas fantasmas".
Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação de Repressão ao Crime Organizado), o Ministério Público Estadual de São Paulo irá pedir para o casal também ser investigado nos Estados Unidos pelo crime de lavagem de dinheiro.
No Brasil, a Justiça já havia bloqueado alguns bens do casal, como um haras na região de Atibaia (SP). Apesar de o casal possuir uma fortuna estimada em R$ 19 milhões, como uma mansão na Flórida, a igreja acumula dívidas de R$ 12 milhões --como os aluguéis dos vários templos da Renascer.
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