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19/01/2007
-
17h30
da Efe, no Rio
O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, encerrou nesta sexta-feira a cúpula do Mercosul e entregou a presidência rotativa do bloco ao paraguaio Nicanor Duarte, cujo país a exercerá nos próximos seis meses.
"O Paraguai recebe com entusiasmo a presidência temporária e compromete todo seu esforço e empenho para prosseguir no caminho de aprofundar a integração, a democracia e a participação dos povos na produção e distribuição da riqueza", afirmou Duarte após receber a presidência de Lula.
"Há um caminho traçado no qual estamos comprometidos, temos fé neste processo e consideramos de grande utilidade este debate sincero", afirmou o presidente do Paraguai.
A única reunião de trabalho dos presidentes, com a qual a cúpula foi encerrada, foi marcada por uma dura troca de palavras entre os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Colômbia, Álvaro Uribe, motivada por suas divergências em relação aos modelos econômicos e políticos que existem na região.
Morales citou dados que atribuiu a organismos internacionais, segundo os quais os países da América Latina cujas economias mais cresceram nos últimos anos foram, nessa ordem, Cuba, Argentina e Venezuela.
O boliviano acrescentou que estes são "países que vivem com dignidade e soberania, são antiimperialistas e se opõem aos neoliberais".
Morales citou imediatamente a Colômbia, do qual disse que "investiu milhões e milhões em projetos contra o narcotráfico e está com déficit comercial e fiscal".
Uribe respondeu duramente, com vários números e visivelmente descontente, que durante sua gestão todos os índices sociais e econômicos da Colômbia melhoraram.
O presidente lembrou também que a Colômbia não possui as riquezas naturais da Bolívia e tem uma população maior.
Ao iniciar a sessão de trabalho dos presidentes, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, fez um otimista balanço do Mercosul após os seis meses em que Brasília exerceu a presidência rotativa do bloco.
Amorim avaliou a criação do Parlamento do bloco, instalado em dezembro em Brasília, e que, a partir de março, terá sua sede permanente em Montevidéu, e a realização das primeiras cúpulas do chamado Mercosul Social.
O ministro também ressaltou a importância da implementação do Fundo de Convergência Estrutural, que na reunião do Rio de Janeiro aprovou o financiamento dos primeiros projetos apresentados por Paraguai e Uruguai, as economias mais frágeis do bloco.
"O Mercosul que estamos fazendo não é mais o dos governos e dos empresários, e sim de todo o povo", disse Amorim.
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O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, encerrou nesta sexta-feira a cúpula do Mercosul e entregou a presidência rotativa do bloco ao paraguaio Nicanor Duarte, cujo país a exercerá nos próximos seis meses.
"O Paraguai recebe com entusiasmo a presidência temporária e compromete todo seu esforço e empenho para prosseguir no caminho de aprofundar a integração, a democracia e a participação dos povos na produção e distribuição da riqueza", afirmou Duarte após receber a presidência de Lula.
"Há um caminho traçado no qual estamos comprometidos, temos fé neste processo e consideramos de grande utilidade este debate sincero", afirmou o presidente do Paraguai.
A única reunião de trabalho dos presidentes, com a qual a cúpula foi encerrada, foi marcada por uma dura troca de palavras entre os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e da Colômbia, Álvaro Uribe, motivada por suas divergências em relação aos modelos econômicos e políticos que existem na região.
Morales citou dados que atribuiu a organismos internacionais, segundo os quais os países da América Latina cujas economias mais cresceram nos últimos anos foram, nessa ordem, Cuba, Argentina e Venezuela.
O boliviano acrescentou que estes são "países que vivem com dignidade e soberania, são antiimperialistas e se opõem aos neoliberais".
Morales citou imediatamente a Colômbia, do qual disse que "investiu milhões e milhões em projetos contra o narcotráfico e está com déficit comercial e fiscal".
Uribe respondeu duramente, com vários números e visivelmente descontente, que durante sua gestão todos os índices sociais e econômicos da Colômbia melhoraram.
O presidente lembrou também que a Colômbia não possui as riquezas naturais da Bolívia e tem uma população maior.
Ao iniciar a sessão de trabalho dos presidentes, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, fez um otimista balanço do Mercosul após os seis meses em que Brasília exerceu a presidência rotativa do bloco.
Amorim avaliou a criação do Parlamento do bloco, instalado em dezembro em Brasília, e que, a partir de março, terá sua sede permanente em Montevidéu, e a realização das primeiras cúpulas do chamado Mercosul Social.
O ministro também ressaltou a importância da implementação do Fundo de Convergência Estrutural, que na reunião do Rio de Janeiro aprovou o financiamento dos primeiros projetos apresentados por Paraguai e Uruguai, as economias mais frágeis do bloco.
"O Mercosul que estamos fazendo não é mais o dos governos e dos empresários, e sim de todo o povo", disse Amorim.
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