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01/02/2007
-
13h41
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Renan Calheiros (PMDB-AL) foi reeleito presidente do Senado com 51 votos. Ele superou o adversário José Agripino Maia (PFL-RN), que recebeu 28 votos. Também foram apurados um voto em branco e um rasgado, que foi anulado.
Durante discurso realizado antes do início da votação, Renan se comprometeu a lutar pela independência, autonomia e transparência do Congresso Nacional.
Renan disse que o Senado "em nenhum momento deu costas à sociedade" mesmo diante dos escândalos políticos que arranharam a imagem do Legislativo nos últimos dois anos.
"Quem morreu não foi a ética, quem apodreceu foi o nosso sistema político. O Senado em nenhum momento deu costas à sociedade. O Senado não se furtará quantas vezes for instado", disse Renan.
Ele criticou ainda o excesso de Medidas Provisórias editadas pelo Executivo. Mas lembrou que, durante o seu comando, o Senado aprovou medidas para evitar o trancamento das pautas de votações por MPs.
Renan ressaltou que, em nenhum momento, o Senado foi submisso às determinações do Poder Executivo --mesmo sendo integrante de um partido aliado do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Renan disse que o Senado não comporta a divisão de parlamentares em "guetos" --numa referência implícita à tradicional divisão da Câmara dos Deputados em alto e baixo cleros. "Aqui, todos os Estados são iguais, os senadores têm a mesma importância. Não tem confraria dos que mandam o gueto dos que seguem. Não existem senadores de segunda fileira, são todos iguais no seu trabalho", disse.
Boa relação com a oposição
Apesar de ser um dos principais aliados do governo Lula no Congresso, Renan tem um bom trânsito com os senadores do PSDB e do PFL.
Há dois anos ele teve o apoio da oposição para se eleger, enquanto o Palácio do Planalto se empenhou na aprovação de uma emenda constitucional que permitiria a reeleição do então presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A reeleição para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado não é permitida.
Renan disputou o cargo novamente porque iniciou-se uma nova legislatura, o que tecnicamente não caracteriza a recondução ao posto como uma reeleição.
Antes de ocupar a presidência do Senado, Renan foi líder do PMDB na Casa. Nesse período ele e Sarney se consolidaram como os interlocutores do partido junto ao Palácio do Planalto. O PMDB estava rachado nessa época entre governistas e oposicionistas.
Para minimizar desgastes à sua imagem, Renan costuma convocar o colégio de líderes do Senado antes de tomar decisões polêmicas, como criação de CPIs. Isso ocorreu no final do ano passado, quando foi dado um aumento salarial de 91% aos parlamentares.
A decisão foi revertida depois da má repercussão da medida junto à opinião pública.
Originário da esquerda em Alagoas, Renan despontou nacionalmente como aliado, depois desafeto, de Fernando Collor de Mello. Foi líder do governo dele (1990-92) na Câmara dos Deputados. Aliou-se a Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e foi seu ministro da Justiça.
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Com vitória folgada, Renan é reeleito presidente do Senado
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da Folha Online, em Brasília
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Renan Calheiros (PMDB-AL) foi reeleito presidente do Senado com 51 votos. Ele superou o adversário José Agripino Maia (PFL-RN), que recebeu 28 votos. Também foram apurados um voto em branco e um rasgado, que foi anulado.
Durante discurso realizado antes do início da votação, Renan se comprometeu a lutar pela independência, autonomia e transparência do Congresso Nacional.
Lula Marques/Folha Imagem |
Renan Calheiros e Fernando Collor de Mello durante cerimônia de posse no Senado |
"Quem morreu não foi a ética, quem apodreceu foi o nosso sistema político. O Senado em nenhum momento deu costas à sociedade. O Senado não se furtará quantas vezes for instado", disse Renan.
Ele criticou ainda o excesso de Medidas Provisórias editadas pelo Executivo. Mas lembrou que, durante o seu comando, o Senado aprovou medidas para evitar o trancamento das pautas de votações por MPs.
Renan ressaltou que, em nenhum momento, o Senado foi submisso às determinações do Poder Executivo --mesmo sendo integrante de um partido aliado do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Folha Imagem |
Senadores José Agripino e Renan Calheiros |
Boa relação com a oposição
Apesar de ser um dos principais aliados do governo Lula no Congresso, Renan tem um bom trânsito com os senadores do PSDB e do PFL.
Há dois anos ele teve o apoio da oposição para se eleger, enquanto o Palácio do Planalto se empenhou na aprovação de uma emenda constitucional que permitiria a reeleição do então presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). A reeleição para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado não é permitida.
Renan disputou o cargo novamente porque iniciou-se uma nova legislatura, o que tecnicamente não caracteriza a recondução ao posto como uma reeleição.
Antes de ocupar a presidência do Senado, Renan foi líder do PMDB na Casa. Nesse período ele e Sarney se consolidaram como os interlocutores do partido junto ao Palácio do Planalto. O PMDB estava rachado nessa época entre governistas e oposicionistas.
Para minimizar desgastes à sua imagem, Renan costuma convocar o colégio de líderes do Senado antes de tomar decisões polêmicas, como criação de CPIs. Isso ocorreu no final do ano passado, quando foi dado um aumento salarial de 91% aos parlamentares.
A decisão foi revertida depois da má repercussão da medida junto à opinião pública.
Originário da esquerda em Alagoas, Renan despontou nacionalmente como aliado, depois desafeto, de Fernando Collor de Mello. Foi líder do governo dele (1990-92) na Câmara dos Deputados. Aliou-se a Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e foi seu ministro da Justiça.
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