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08/02/2007 - 22h27

André Puccinelli suspende programa social em MS

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HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande

O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), suspendeu o programa social do Estado que atendia 59.388 famílias e era uma das bandeiras da gestão de seu antecessor no cargo, José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT. O custo mensal do programa é de R$ 5,3 milhões.

Puccinelli alega que o Estado vive uma crise financeira. O corte não teria motivação política. Na campanha eleitoral, Zeca do PT afirmava que só a vitória do senador Delcídio Amaral (PT-MS), então candidato a governador, garantiria a continuidade dos programas sociais.

Hoje, em Brasília, Puccinelli pediu ao ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) que sua pasta assuma a assistência de ao menos 20 mil famílias, sendo 11 mil de índios e 9.000 de acampados. Na avaliação do governador, índios e sem-terra devem receber ajuda do governo federal.

Do total de famílias que eram atendidas, 35.356 recebiam R$ 100 por meio de cartão magnético, enquanto 24.032 ganhavam cestas com 32 kg de alimentos.

Esses números, relativos a dezembro, são da gestão Zeca do PT. O atual governo faz recadastramento dos beneficiários devido à suspeita de fraudes, o que também motivou a suspensão dos benefícios.

Entre os que recebiam alimentos, estão 8.000 famílias indígenas de aldeias onde 21 crianças morreram de fome durante 2005.

No ano passado, ocorreu ao menos uma morte. A desnutrição ainda atinge 8% das crianças indígenas na região. O índice aceitável é 2,2%.

Lideranças indígenas foram ontem à sede do governo do Estado pedir a volta da distribuição das cestas. A Polícia Militar montou barreiras para restringir manifestações, embora apenas lideranças tenham aparecido no local.

Puccinelli disse ao ministro que, até agosto, não tem como manter a entrega de cestas e que "até lá pessoas podem morrer de fome".

"Não posso prometer nada. Vamos analisar. Vamos montar uma força tarefa dentro do ministério. Não é o único Estado que pediu ajuda. Rio de Janeiro, Alagoas e Rio Grande do Sul também pediram", respondeu o ministro, segundo relato de sua assessoria.

O ministério informou ter repassado ao Estado, em 2006, R$ 309,3 milhões para programas sociais, atendendo 803 mil pessoas, o que representa 35% da população.

Crise

Puccinelli afirma que recebeu o Estado com dívidas de R$ 250 milhões, incluindo a folha de dezembro dos servidores públicos, a qual foi parcelada em cinco vezes.

As prioridades são pagar a parcela da dívida com a União, no valor mensal de cerca de R$ 30 milhões, quitar empréstimos, manter os repasses aos demais Poderes e pagamento dos servidores.

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