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09/02/2007
-
13h25
ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O deputado Clodovil Hernandez (PTC-SP) pediu autorização à Câmara para reformar, por conta própria, o seu gabinete na Casa Legislativa. Ou seja, todos os gastos serão bancados por ele. Clodovil contratou uma arquiteta para decorar o seu novo ambiente de trabalho.
Apesar da ajuda profissional, o principal destaque da sala foi idéia dele mesmo: uma cobra naja de metal que servirá como base de apoio para sua mesa.
A base dará a impressão de que a mesa estará flutuando, já que a peça --que imita uma cobra enrolada em coluna de metal dourado-- vai sustentar o tampo de vidro. Foi o próprio Clodovil quem trouxe a "obra de arte" para Brasília.
O deputado disse, em entrevista à TV Cultura --logo após sua eleição-- que a cobra se chama "Marta". Questionado se era uma provocação à ex-prefeita Marta Suplicy --com quem rompeu relações--, Clodovil afirmou na ocasião que há várias "Martas" no país.
Outra mudança será na estrutura do gabinete. Clodovil mandou derrubar as paredes de compensado de madeira e colocou vidro jateado no lugar. A proposta é dar mais amplitude ao gabinete --que tem apenas 39 metros quadrados.
O deputado não informa quanto vai gastar com a reforma do gabinete, que será paga integralmente pelo parlamentar. O custo poderia ser zero se ele tivesse optado por recorrer à Câmara para fazer as mudanças. Mas neste caso, teria que se contentar com a decoração-padrão oferecida pela Casa.
Mesmo mantendo o valor da reforma em sigilo, Clodovil sinalizou que não pretende economizar com a reforma. Ele já comentou que vai trocar toda a decoração do gabinete, mantendo apenas o piso original.
Reformas
Além de Clodovil, outros três deputados também pediram autorização à Câmara para reformarem seus gabinetes com verbas particulares: Ratinho Júnior (PPS-PR), Bispo Rodovalho (PFL-DF) e Gladson Cameli (PP-AC). Rodovalho já executou a reforma em seu gabinete, que se tornou objeto de desejo dos demais parlamentares.
O bispo trocou as paredes de madeira compensada por vidro. Ele disse que desembolsou R$ 800 com a mudança e garante não se arrepender do feito. "Acho que o gabinete tem que ser encarado como um escritório de trabalho. É importante que todos estejam se vendo enquanto trabalham", justificou. O deputado também comprou uma mesa menor para sua sala por considerar que a oferecida pela Câmara ocupava muito espaço.
Ratinho Júnior não foi tão ousado quanto os colegas na reforma. Ele afirmou que apenas mandou retirar alguns armários da sua ante-sala que não seriam utilizados. "Vou colocar armário menores e pagarei do meu bolso. Também vou comprar um sofá para colocar na minha sala", afirmou.
A Folha Online procurou o deputado Cameli para comentar a reforma, mas ele não retornou os telefonemas.
Estilo
Há parlamentares que dispensaram a reforma, mas não o toque pessoal. O ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (PC do B-SP), que deixou o amplo gabinete da presidência para retornar a uma das salas do Anexo 4 da Casa, levou com ele a escultura que se tornou símbolo de sua campanha à reeleição. O "corneteiro de Pirajá" ganhou destaque na mesa de trabalho do deputado.
Aldo tem ainda, em seu armário, várias esculturas de personagens da histórica política mundial. A deputada Manuela D'Ávila (PC do B-RS), que ganhou o título de "musa" da atual legislatura, disse que vai decorar o gabinete com quadros de artistas gaúchos.
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Clodovil vai decorar gabinete na Câmara com cobra naja de metal
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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O deputado Clodovil Hernandez (PTC-SP) pediu autorização à Câmara para reformar, por conta própria, o seu gabinete na Casa Legislativa. Ou seja, todos os gastos serão bancados por ele. Clodovil contratou uma arquiteta para decorar o seu novo ambiente de trabalho.
Alan Marques/FI |
Clodovil faz juramento durante a posse em Brasília |
A base dará a impressão de que a mesa estará flutuando, já que a peça --que imita uma cobra enrolada em coluna de metal dourado-- vai sustentar o tampo de vidro. Foi o próprio Clodovil quem trouxe a "obra de arte" para Brasília.
O deputado disse, em entrevista à TV Cultura --logo após sua eleição-- que a cobra se chama "Marta". Questionado se era uma provocação à ex-prefeita Marta Suplicy --com quem rompeu relações--, Clodovil afirmou na ocasião que há várias "Martas" no país.
Outra mudança será na estrutura do gabinete. Clodovil mandou derrubar as paredes de compensado de madeira e colocou vidro jateado no lugar. A proposta é dar mais amplitude ao gabinete --que tem apenas 39 metros quadrados.
O deputado não informa quanto vai gastar com a reforma do gabinete, que será paga integralmente pelo parlamentar. O custo poderia ser zero se ele tivesse optado por recorrer à Câmara para fazer as mudanças. Mas neste caso, teria que se contentar com a decoração-padrão oferecida pela Casa.
Mesmo mantendo o valor da reforma em sigilo, Clodovil sinalizou que não pretende economizar com a reforma. Ele já comentou que vai trocar toda a decoração do gabinete, mantendo apenas o piso original.
Reformas
Além de Clodovil, outros três deputados também pediram autorização à Câmara para reformarem seus gabinetes com verbas particulares: Ratinho Júnior (PPS-PR), Bispo Rodovalho (PFL-DF) e Gladson Cameli (PP-AC). Rodovalho já executou a reforma em seu gabinete, que se tornou objeto de desejo dos demais parlamentares.
O bispo trocou as paredes de madeira compensada por vidro. Ele disse que desembolsou R$ 800 com a mudança e garante não se arrepender do feito. "Acho que o gabinete tem que ser encarado como um escritório de trabalho. É importante que todos estejam se vendo enquanto trabalham", justificou. O deputado também comprou uma mesa menor para sua sala por considerar que a oferecida pela Câmara ocupava muito espaço.
Ratinho Júnior não foi tão ousado quanto os colegas na reforma. Ele afirmou que apenas mandou retirar alguns armários da sua ante-sala que não seriam utilizados. "Vou colocar armário menores e pagarei do meu bolso. Também vou comprar um sofá para colocar na minha sala", afirmou.
A Folha Online procurou o deputado Cameli para comentar a reforma, mas ele não retornou os telefonemas.
Estilo
Há parlamentares que dispensaram a reforma, mas não o toque pessoal. O ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (PC do B-SP), que deixou o amplo gabinete da presidência para retornar a uma das salas do Anexo 4 da Casa, levou com ele a escultura que se tornou símbolo de sua campanha à reeleição. O "corneteiro de Pirajá" ganhou destaque na mesa de trabalho do deputado.
Aldo tem ainda, em seu armário, várias esculturas de personagens da histórica política mundial. A deputada Manuela D'Ávila (PC do B-RS), que ganhou o título de "musa" da atual legislatura, disse que vai decorar o gabinete com quadros de artistas gaúchos.
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