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12/02/2007
-
18h54
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
No quebra-cabeças para a montagem de seu novo ministério, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem como um de seus principais desafios acomodar o PDT e o PMDB no primeiro escalão do governo. Segundo o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), a adesão da ala oposicionista do PMDB e a chegada do PDT à coalizão política do governo --que fizeram oposição a Lula em parte de seu primeiro mandato-- serão peças fundamentais no novo desenho da Esplanada dos Ministérios.
"Entra metade do PMDB no governo e estabelece sua identidade com o governo. Entra o PDT no governo, partido médio com representação. E a terceira questão é a formação de coalizão política. Não é mais governo que se pinça ministro para ter maioria, mas formação de governo onde os partidos são sujeitos políticos para montar o ministério e garantir a maioria", disse Tarso.
Segundo o ministro, o PDT é um partido que "tem porte para participar do primeiro escalão". Ele disse acreditar que todas as legendas que integram a coalizão política saberão que o presidente vai acomodar os partidos de acordo com a força política de cada um.
"Os partidos que têm mais deputados e garantem apoio de melhor valor ao governo vão ter que ser respeitados pela força política que eles têm. Isso não quer dizer maior número de ministérios. Pode querer dizer que eles terão participação em ministérios importantes", afirmou.
Tarso disse que o presidente Lula vai concluir a montagem do ministério nos próximos 15 ou 20 dias. O ministro garantiu que a escolha do novo presidente do PMDB, marcada para o dia 11 de março, não está vinculada à escolha dos novos ministros.
"O governo não tem e não fará nenhum tipo de intervenção na sucessão interna do PMDB. O chamado PMDB-Senado e PMDB-Câmara, ambos setores irão participar do ministério", enfatizou.
Alas
A divisão do partido entre Câmara e Senado está nos grupos liderados pelo presidente da legenda, Michel Temer (PMDB-SP), e pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP). Temer, que disputa a reeleição, apóia o nome do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para integrar o governo.
Sarney e Renan não escondem o desejo de Temer ser substituído pelo ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim.
Tarso disse que, para ele, "não há problemas" caso Lula decida integrar o comando do Ministério da Justiça para Temer ou Jobim --uma alternativa para acomodar o nome que sair derrotado na disputa interna do partido.
O ministro é um dos nomes mais cotados para assumir a pasta. Ele afirmou, no entanto, que a nova formação do governo é decisão unilateral do presidente Lula.
"O presidente é que decide. Ele tem me determinado uma série de movimentos políticos. Eu presumo que a minha agenda terminará depois que o presidente formar o Ministério", afirmou.
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No quebra-cabeças para a montagem de seu novo ministério, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem como um de seus principais desafios acomodar o PDT e o PMDB no primeiro escalão do governo. Segundo o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais), a adesão da ala oposicionista do PMDB e a chegada do PDT à coalizão política do governo --que fizeram oposição a Lula em parte de seu primeiro mandato-- serão peças fundamentais no novo desenho da Esplanada dos Ministérios.
"Entra metade do PMDB no governo e estabelece sua identidade com o governo. Entra o PDT no governo, partido médio com representação. E a terceira questão é a formação de coalizão política. Não é mais governo que se pinça ministro para ter maioria, mas formação de governo onde os partidos são sujeitos políticos para montar o ministério e garantir a maioria", disse Tarso.
Segundo o ministro, o PDT é um partido que "tem porte para participar do primeiro escalão". Ele disse acreditar que todas as legendas que integram a coalizão política saberão que o presidente vai acomodar os partidos de acordo com a força política de cada um.
"Os partidos que têm mais deputados e garantem apoio de melhor valor ao governo vão ter que ser respeitados pela força política que eles têm. Isso não quer dizer maior número de ministérios. Pode querer dizer que eles terão participação em ministérios importantes", afirmou.
Tarso disse que o presidente Lula vai concluir a montagem do ministério nos próximos 15 ou 20 dias. O ministro garantiu que a escolha do novo presidente do PMDB, marcada para o dia 11 de março, não está vinculada à escolha dos novos ministros.
"O governo não tem e não fará nenhum tipo de intervenção na sucessão interna do PMDB. O chamado PMDB-Senado e PMDB-Câmara, ambos setores irão participar do ministério", enfatizou.
Alas
A divisão do partido entre Câmara e Senado está nos grupos liderados pelo presidente da legenda, Michel Temer (PMDB-SP), e pelos senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e José Sarney (PMDB-AP). Temer, que disputa a reeleição, apóia o nome do deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) para integrar o governo.
Sarney e Renan não escondem o desejo de Temer ser substituído pelo ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) Nelson Jobim.
Tarso disse que, para ele, "não há problemas" caso Lula decida integrar o comando do Ministério da Justiça para Temer ou Jobim --uma alternativa para acomodar o nome que sair derrotado na disputa interna do partido.
O ministro é um dos nomes mais cotados para assumir a pasta. Ele afirmou, no entanto, que a nova formação do governo é decisão unilateral do presidente Lula.
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