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27/02/2007
-
09h13
SERGIO TORRES
da Folha de S.Paulo
O governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), passou por constrangimentos ontem em eventos dos quais participou com o ex-governador Anthony Garotinho e os candidatos à presidência do PMDB, o deputado Michel Temer (SP) e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim, em campanha no Rio.
De manhã com Temer e à tarde com Jobim, Cabral ouviu Garotinho discursar sobre gratidão, lealdade e traição. O ex-governador não citou o governador, mas o recado foi claro: Garotinho e sua mulher, Rosinha Matheus, a quem Cabral sucedeu, sentem-se traídos por ele. Na sede do PMDB, presidido por Garotinho no Estado, o ex-governador anunciou apoio a Temer. Cabral disse que votará em Jobim no próximo dia 11.
No discurso, Garotinho disse que o voto em Temer é o da lealdade, pois o presidente do PMDB apoiou-o na fracassada campanha para tentar disputar a Presidência da República pelo partido, no ano passado.
"Vossa Excelência não vai encontrar em mim um ingrato. Um dos pilares da convivência política é a lealdade", discursou, interrompido por sua filha, que gritou, perto de Cabral e olhando para ele: "Basta de ingratidão".
Os Garotinho estão revoltados com Cabral basicamente por dois motivos: o fim do Cheque Cidadão, criado pelo ex-governador, e a nomeação da petista Benedita da Silva, inimiga da família, para o secretariado. O site www.anthonygarotinho.com.br destaca texto de sua autoria: "A Traição".
No discurso, Cabral revidou. Disse que só teve dois partidos na vida (Garotinho teve vários) e que foi impedido de levar para o diretório a sessão de apoio a Jobim, realizada mais tarde.
"Há sempre aqueles que gostam de crescer na divisão. Não é o seu caso", afirmou Cabral para Temer. Pouco depois, deixou o salão sem se despedir de Garotinho e Rosinha.
No evento com Jobim, Garotinho repetiu que não o apoiará, mas que o respeita. Voltou a falar em lealdade e lembrou que o ex-ministro tem apoio de líderes peemedebistas que não apoiaram na disputa presidencial do partido no ano passado.
"Sou adepto do velho discurso: me diga com quem andas e eu te direi quem és", declarou, referindo-se aos senadores José Sarney e Renan Calheiros, que apóiam o ex-ministro. Na saída, perguntado sobre a fala de Garotinho, Jobim limitou-se a dizer: "A recíproca é verdadeira".
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De manhã com Temer e à tarde com Jobim, Cabral ouviu Garotinho discursar sobre gratidão, lealdade e traição. O ex-governador não citou o governador, mas o recado foi claro: Garotinho e sua mulher, Rosinha Matheus, a quem Cabral sucedeu, sentem-se traídos por ele. Na sede do PMDB, presidido por Garotinho no Estado, o ex-governador anunciou apoio a Temer. Cabral disse que votará em Jobim no próximo dia 11.
No discurso, Garotinho disse que o voto em Temer é o da lealdade, pois o presidente do PMDB apoiou-o na fracassada campanha para tentar disputar a Presidência da República pelo partido, no ano passado.
"Vossa Excelência não vai encontrar em mim um ingrato. Um dos pilares da convivência política é a lealdade", discursou, interrompido por sua filha, que gritou, perto de Cabral e olhando para ele: "Basta de ingratidão".
Os Garotinho estão revoltados com Cabral basicamente por dois motivos: o fim do Cheque Cidadão, criado pelo ex-governador, e a nomeação da petista Benedita da Silva, inimiga da família, para o secretariado. O site www.anthonygarotinho.com.br destaca texto de sua autoria: "A Traição".
No discurso, Cabral revidou. Disse que só teve dois partidos na vida (Garotinho teve vários) e que foi impedido de levar para o diretório a sessão de apoio a Jobim, realizada mais tarde.
"Há sempre aqueles que gostam de crescer na divisão. Não é o seu caso", afirmou Cabral para Temer. Pouco depois, deixou o salão sem se despedir de Garotinho e Rosinha.
No evento com Jobim, Garotinho repetiu que não o apoiará, mas que o respeita. Voltou a falar em lealdade e lembrou que o ex-ministro tem apoio de líderes peemedebistas que não apoiaram na disputa presidencial do partido no ano passado.
"Sou adepto do velho discurso: me diga com quem andas e eu te direi quem és", declarou, referindo-se aos senadores José Sarney e Renan Calheiros, que apóiam o ex-ministro. Na saída, perguntado sobre a fala de Garotinho, Jobim limitou-se a dizer: "A recíproca é verdadeira".
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