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11/04/2007
-
16h35
da Folha Online
O plenário do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu nesta quarta-feira arquivar o inquérito contra o senador Aloizio Mercadante (PT-SP) por falta de provas. Ele foi acusado de envolvimento na compra de um dossiê pelo PT contra políticos tucanos.
No entanto, o tribunal decidiu indeferir o pedido do Ministério Público para anular os efeitos do indiciamento de Mercadante alegando que o arquivamento do inquérito já anula estes efeitos. O ministro Gilmar Mendes, então, pediu vista da questão e este segundo caso voltará a ser discutido pelo Supremo.
Além de Mercadante, outras pessoas foram indiciadas por envolvimento no dossiê. No entanto, como o senador tem foro privilegiado, seu caso é julgado pelo STF.
O Supremo decidiu ainda deferir habeas corpus de ofício ao tesoureiro de Mercadante na campanha ao governo de São Paulo no ano passado, José Giácomo Baccarin, indiciado por crime eleitoral. Na decisão, o STF decidiu suspender a ação penal contra ele.
O escândalo do dossiê estourou no primeiro turno da campanha eleitoral do ano passado e respingou nas candidaturas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição e do próprio Mercadante ao governo de São Paulo.
Lula acusou os envolvidos no escândalo de "aloprados" e responsabilizou a iniciativa por levar a eleição para o segundo turno. O documento teria como objetivo prejudicar a campanha de José Serra (PSDB) ao governo de São Paulo.
Caso dossiê
Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha da Silva, então filiado ao PT do Mato Grosso, foram presos, em São Paulo, com R$ 1,7 milhão. Eles estavam no hotel Ibis, e aguardavam por um emissário do empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe dos sanguessugas e sócio da Planam, que levaria o dossiê contra políticos tucanos.
O emissário seria o tio do empresário, Paulo Roberto Dalcol Trevisan. A pedido de Vedoin, o tio entregaria em São Paulo o documento a Valdebran e Gedimar.
Em depoimento à PF, Gedimar disse que foi "contratado pela Executiva Nacional do PT" para negociar com a família Vedoin a compra de um dossiê contra os tucanos, e que do pacote fazia parte entrevista acusando o então candidato ao governo de São Paulo José Serra de envolvimento na máfia dos sanguessugas.
Ele disse ainda que seu contato no PT era alguém de nome "Froud ou Freud". Após a denúncia, o assessor pessoal do presidente Lula, Freud Godoy, pediu afastamento do cargo. Ele nega as acusações.
Após o episódio, outros nomes ligados ao PT começaram a ser relacionados ao dossiê. Esse é o caso do então coordenador da campanha à reeleição de Lula, Ricardo Berzoini. Seu ex-secretário no Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas e Jorge Lorenzetti --analista de mídia e risco do PT e churrasqueiro do presidente-- procuraram a revista "Época" para oferecer o dossiê.
Lorenzetti foi afastado do cargo e Berzoini deixou a coordenação da campanha de Lula.
O ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Afonso Veloso também foi afastado da instituição, após denúncia sobre seu suposto envolvimento com o dossiê. Valdebran disse que recebeu parte do dinheiro de uma pessoa chamada "Expedito". Ele teria participado da operação de montagem e divulgação do documento.
Em São Paulo, o então candidato ao governo Aloizio Mercadante afastou o coordenador de comunicação da campanha Hamilton Lacerda, que teria articulado a publicação de uma reportagem na "IstoÉ" contra Serra.
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No entanto, o tribunal decidiu indeferir o pedido do Ministério Público para anular os efeitos do indiciamento de Mercadante alegando que o arquivamento do inquérito já anula estes efeitos. O ministro Gilmar Mendes, então, pediu vista da questão e este segundo caso voltará a ser discutido pelo Supremo.
Além de Mercadante, outras pessoas foram indiciadas por envolvimento no dossiê. No entanto, como o senador tem foro privilegiado, seu caso é julgado pelo STF.
O Supremo decidiu ainda deferir habeas corpus de ofício ao tesoureiro de Mercadante na campanha ao governo de São Paulo no ano passado, José Giácomo Baccarin, indiciado por crime eleitoral. Na decisão, o STF decidiu suspender a ação penal contra ele.
O escândalo do dossiê estourou no primeiro turno da campanha eleitoral do ano passado e respingou nas candidaturas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à reeleição e do próprio Mercadante ao governo de São Paulo.
Lula acusou os envolvidos no escândalo de "aloprados" e responsabilizou a iniciativa por levar a eleição para o segundo turno. O documento teria como objetivo prejudicar a campanha de José Serra (PSDB) ao governo de São Paulo.
Caso dossiê
Gedimar Pereira Passos, advogado e ex-policial federal, e Valdebran Padilha da Silva, então filiado ao PT do Mato Grosso, foram presos, em São Paulo, com R$ 1,7 milhão. Eles estavam no hotel Ibis, e aguardavam por um emissário do empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe dos sanguessugas e sócio da Planam, que levaria o dossiê contra políticos tucanos.
O emissário seria o tio do empresário, Paulo Roberto Dalcol Trevisan. A pedido de Vedoin, o tio entregaria em São Paulo o documento a Valdebran e Gedimar.
Em depoimento à PF, Gedimar disse que foi "contratado pela Executiva Nacional do PT" para negociar com a família Vedoin a compra de um dossiê contra os tucanos, e que do pacote fazia parte entrevista acusando o então candidato ao governo de São Paulo José Serra de envolvimento na máfia dos sanguessugas.
Ele disse ainda que seu contato no PT era alguém de nome "Froud ou Freud". Após a denúncia, o assessor pessoal do presidente Lula, Freud Godoy, pediu afastamento do cargo. Ele nega as acusações.
Após o episódio, outros nomes ligados ao PT começaram a ser relacionados ao dossiê. Esse é o caso do então coordenador da campanha à reeleição de Lula, Ricardo Berzoini. Seu ex-secretário no Ministério do Trabalho Oswaldo Bargas e Jorge Lorenzetti --analista de mídia e risco do PT e churrasqueiro do presidente-- procuraram a revista "Época" para oferecer o dossiê.
Lorenzetti foi afastado do cargo e Berzoini deixou a coordenação da campanha de Lula.
O ex-diretor do Banco do Brasil Expedito Afonso Veloso também foi afastado da instituição, após denúncia sobre seu suposto envolvimento com o dossiê. Valdebran disse que recebeu parte do dinheiro de uma pessoa chamada "Expedito". Ele teria participado da operação de montagem e divulgação do documento.
Em São Paulo, o então candidato ao governo Aloizio Mercadante afastou o coordenador de comunicação da campanha Hamilton Lacerda, que teria articulado a publicação de uma reportagem na "IstoÉ" contra Serra.
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