Publicidade
Publicidade
12/04/2007
-
18h49
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A polêmica em torno do chapéu de couro que utiliza para circular na Câmara tornou o deputado Edigar Mão Branca (PV-BA) uma celebridade na Casa Legislativa da noite para o dia. De ontem para hoje, o deputado disse que já recebeu mais de 200 e-mails de eleitores, além de telefonemas de apoio ao uso do acessório.
Por onde passa, o deputado é abordado por curiosos e jornalistas, rotina antes pouco comum na vida do parlamentar de primeiro mandato. Mão Branca também recebeu a solidariedade de colegas que assim como ele adotam um estilo diferente do formal. Frank Aguiar (PTB-SP), que utiliza rabo de cavalo, afirmou que a Câmara tem outros assuntos relevantes para discutir do que a roupa dos parlamentares, mas admitiu que se a nova norma proibir os cabelos compridos, suas fãs terão que se acostumar porque ele não vai desobedecer as regras da Casa. "Se mandarem, eu corto o cabelo", disse.
A polêmica se estabeleceu porque ontem a Mesa Diretora da Câmara decidiu que irá baixar um ato que impede Mão Branca de usar o chapéu de vaqueiro, por considerar um desrespeito a Casa. Até o momento, no entanto, o ato não foi publicado.
A Folha Online apurou que há uma possibilidade de recuo diante da repercussão do caso, mas não na decisão de obrigar o deputado a dispensar o acessório. A Mesa estaria estudando uma forma amigável de convencê-lo a tirar o chapéu, que não por meio de imposição.
O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), demonstrou hoje surpresa com a repercussão que o assunto vem causando. "Não é um tema que creio deva merecer atenção para ser notícia nacional. É um assunto interno da Casa", afirmou. Segundo ele, a idéia é de editar um ato normativo sobre a roupa dos parlamentares é para tornar mais claras as regras da Casa para os novatos.
"Como a interpretação do regimento nem sempre é fácil de ser feita, principalmente para os deputados de primeira legislatura, e até mesmo para o presidente, e difícil interpretar, decidimos que vai haver uma atualização, um ordenamento, que irá incluir decisões que outros presidentes já tomaram", disse. No passado, a Câmara já impediu um deputado de usar bombacha no plenário.
No que depender de Mão Branca, no entanto, o assunto ainda vai render. Ele disse que não pretende abandonar o chapéu, mas que se isso for inevitável irá comparecer as sessões de terno e gravata de couro.
Leia mais
Câmara proíbe deputado de usar chapéu em plenário
Chinaglia recua de aumento de 82% e diz que salário de Lula vai para R$ 11 mil
Governo admite instalar CPI na Câmara para barrar investigação no Senado
Waldir Pires diz que governo não tem medo da CPI do Apagão
Chinaglia acusa deputado de querer desgastar imagem da Câmara
Renan é contra instalação de CPI do Apagão; oposição já tem 26 assinaturas
Especial
Leia o que já foi publicado sobre reajuste salarial dos deputados federais
Deputado Mão Branca vira celebridade na Câmara após proibição de chapéu
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
A polêmica em torno do chapéu de couro que utiliza para circular na Câmara tornou o deputado Edigar Mão Branca (PV-BA) uma celebridade na Casa Legislativa da noite para o dia. De ontem para hoje, o deputado disse que já recebeu mais de 200 e-mails de eleitores, além de telefonemas de apoio ao uso do acessório.
Por onde passa, o deputado é abordado por curiosos e jornalistas, rotina antes pouco comum na vida do parlamentar de primeiro mandato. Mão Branca também recebeu a solidariedade de colegas que assim como ele adotam um estilo diferente do formal. Frank Aguiar (PTB-SP), que utiliza rabo de cavalo, afirmou que a Câmara tem outros assuntos relevantes para discutir do que a roupa dos parlamentares, mas admitiu que se a nova norma proibir os cabelos compridos, suas fãs terão que se acostumar porque ele não vai desobedecer as regras da Casa. "Se mandarem, eu corto o cabelo", disse.
Divulgação |
Mesa da Câmara deve proibir o uso de chapéu no plenário. Decisão deve atingir Mão Branca |
A Folha Online apurou que há uma possibilidade de recuo diante da repercussão do caso, mas não na decisão de obrigar o deputado a dispensar o acessório. A Mesa estaria estudando uma forma amigável de convencê-lo a tirar o chapéu, que não por meio de imposição.
O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), demonstrou hoje surpresa com a repercussão que o assunto vem causando. "Não é um tema que creio deva merecer atenção para ser notícia nacional. É um assunto interno da Casa", afirmou. Segundo ele, a idéia é de editar um ato normativo sobre a roupa dos parlamentares é para tornar mais claras as regras da Casa para os novatos.
"Como a interpretação do regimento nem sempre é fácil de ser feita, principalmente para os deputados de primeira legislatura, e até mesmo para o presidente, e difícil interpretar, decidimos que vai haver uma atualização, um ordenamento, que irá incluir decisões que outros presidentes já tomaram", disse. No passado, a Câmara já impediu um deputado de usar bombacha no plenário.
No que depender de Mão Branca, no entanto, o assunto ainda vai render. Ele disse que não pretende abandonar o chapéu, mas que se isso for inevitável irá comparecer as sessões de terno e gravata de couro.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice