Publicidade
Publicidade
13/04/2007
-
10h40
da Folha Online, em Brasília
Com o anúncio da oposição de já ter as assinaturas necessárias para a instalação da CPI do Apagão Aéreo no Senado, os governistas agora admitem instalar a comissão na Câmara para impedir que ela seja criada no Senado --uma vez que avaliam que a oposição é mais articulada no Senado que na Câmara, o que pode trazer maiores danos à imagem do governo.
Com a mudança de estratégia, a instalação da CPI na Câmara pode sair antes mesmo da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o assunto.
A Folha Online apurou que o líder do governo na Câmara, deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), telefonou para líderes da oposição em busca de um acordo para evitar a dupla investigação.
Procurado pela Folha Online, Múcio negou que o governo tenha mudado de estratégia. "Em hipótese nenhuma. Quem vai decidir sobre a CPI é o Supremo. Isso é fruto da rádio-corredor do Congresso, a mais potente do país", disse o líder.
O líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), no entanto, admite o recuo. "Eu sugeri que a CPI fosse instalada imediatamente na Câmara até mesmo para acabar com essa brincadeira [no Senado]", afirmou.
O ministro Waldir Pires (Defesa) também sinalizou a mudança de discurso. Ele afirmou que o governo federal "não tem medo de CPI" para investigar a crise aérea do país.
Oposição
A oposição já conseguiu reunir as 27 assinaturas necessárias para a instalação da CPI do Apagão Aéreo no Senado Federal. Apesar de ter atingido o mínimo previsto pelo regimento para pedir a abertura da comissão, os oposicionistas vão esperar até a semana que vem para entregar o pedido ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A oposição quer reunir um número maior de assinaturas diante da possibilidade de alguns senadores retirarem seus nomes do requerimento. Como integrantes da base aliada do governo assinaram o pedido, a oposição teme que eles voltem atrás diante da pressão governista contra a CPI.
Os nomes dos 27 senadores que assinaram o pedido de instalação da CPI foram mantidos sob sigilo para evitar a pressão do Palácio do Planalto sobre os governistas. Segundo o líder do DEM (ex-PFL) no Senado, José Agripino Maia (RN), a oposição não vai desistir de instalar a CPI no Senado mesmo diante das articulações do governo para que ela não saia do papel.
O governo barrou a instalação da CPI na Câmara ao conseguir aprovar recurso do PT que impedia a sua criação. Os governistas consideram que a oposição quer a CPI apenas para desgastar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Leia mais
Governo admite instalar CPI na Câmara para impedir investigação no Senado
Relatórios mostram falhas no controle aéreo brasileiro
Oposição coleta assinaturas para abrir CPI do Apagão no Senado
Oposição cobra CPI do Apagão e diz que falta comandante para crise
Infraero adia decisão de afastar dirigentes
Procuradoria diz que dificilmente STF vota CPI do Apagão na próxima semana
Especial
Leia mais sobre a CPI do Apagão
Para tentar barrar CPI no Senado, governo admite instalar comissão na Câmara
Publicidade
Com o anúncio da oposição de já ter as assinaturas necessárias para a instalação da CPI do Apagão Aéreo no Senado, os governistas agora admitem instalar a comissão na Câmara para impedir que ela seja criada no Senado --uma vez que avaliam que a oposição é mais articulada no Senado que na Câmara, o que pode trazer maiores danos à imagem do governo.
Com a mudança de estratégia, a instalação da CPI na Câmara pode sair antes mesmo da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o assunto.
A Folha Online apurou que o líder do governo na Câmara, deputado José Múcio Monteiro (PTB-PE), telefonou para líderes da oposição em busca de um acordo para evitar a dupla investigação.
Procurado pela Folha Online, Múcio negou que o governo tenha mudado de estratégia. "Em hipótese nenhuma. Quem vai decidir sobre a CPI é o Supremo. Isso é fruto da rádio-corredor do Congresso, a mais potente do país", disse o líder.
O líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), no entanto, admite o recuo. "Eu sugeri que a CPI fosse instalada imediatamente na Câmara até mesmo para acabar com essa brincadeira [no Senado]", afirmou.
O ministro Waldir Pires (Defesa) também sinalizou a mudança de discurso. Ele afirmou que o governo federal "não tem medo de CPI" para investigar a crise aérea do país.
Oposição
A oposição já conseguiu reunir as 27 assinaturas necessárias para a instalação da CPI do Apagão Aéreo no Senado Federal. Apesar de ter atingido o mínimo previsto pelo regimento para pedir a abertura da comissão, os oposicionistas vão esperar até a semana que vem para entregar o pedido ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A oposição quer reunir um número maior de assinaturas diante da possibilidade de alguns senadores retirarem seus nomes do requerimento. Como integrantes da base aliada do governo assinaram o pedido, a oposição teme que eles voltem atrás diante da pressão governista contra a CPI.
Os nomes dos 27 senadores que assinaram o pedido de instalação da CPI foram mantidos sob sigilo para evitar a pressão do Palácio do Planalto sobre os governistas. Segundo o líder do DEM (ex-PFL) no Senado, José Agripino Maia (RN), a oposição não vai desistir de instalar a CPI no Senado mesmo diante das articulações do governo para que ela não saia do papel.
O governo barrou a instalação da CPI na Câmara ao conseguir aprovar recurso do PT que impedia a sua criação. Os governistas consideram que a oposição quer a CPI apenas para desgastar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice