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18/04/2007
-
17h36
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, afirmou hoje que o ministro Paulo Medina, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), não está entre os presos pela Operação Hurricane (furacão) porque os indícios encontrados contra ele não são suficientes para justificar um pedido nesse sentido.
Ele negou que Medina tenha sido beneficiado porque é ministro do STJ. "Para se pedir a prisão temporária tem que ter pressupostos. No caso dele (Paulo Medina) não há nada nas diligências que se realizaram", afirmou o procurador.
Segundo ele, não há outros ministros do STJ sendo investigados nesse caso. "Nessa investigação, com certeza não."
Souza justificou ainda que não determinou à PF que fizesse busca e apreensão na casa do ministro porque "não havia interesse".
Questionado se iria sugerir à PF que o ministro fosse ouvido nas investigações, o procurador sinalizou que não há essa intenção. "Nesse momento nós estamos trabalhando com as pessoas que estão presas."
Fatos
Reportagem publicada nesta quarta-feira pela Folha informa que a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República apontaram no inquérito da operação "fortes indícios" de que o ministro era integrante da organização criminosa que comercializava sentenças judiciais em favor de bicheiros e bingueiros.
Para os dois órgãos, Medina pode ter negociado por R$ 1 milhão, por intermédio de seu irmão Virgílio Medina, liminar concedida no ano passado liberando 900 máquinas caça-níqueis apreendidas em Niterói. Virgílio está preso desde a última sexta-feira, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, com outras 24 pessoas.
O procurador afirmou ainda que não vê motivos para que o ministro se afaste do STJ. "É uma fase de investigação, não há denúncia ainda", disse.
Vazamento
Souza criticou o vazamento das informações sobre as investigações. Segundo ele, o sucesso da operação é conseqüência do sigilo com que o caso vinha sendo tratado.
O procurador alertou os advogados de que o processo corre em segredo de Justiça e que não pode ser violado. O procurador revelou que apenas duas pessoas no STF tinham conhecimento da operação até as prisões realizadas na sexta-feira passada.
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da Folha Online, em Brasília
O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, afirmou hoje que o ministro Paulo Medina, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), não está entre os presos pela Operação Hurricane (furacão) porque os indícios encontrados contra ele não são suficientes para justificar um pedido nesse sentido.
Ele negou que Medina tenha sido beneficiado porque é ministro do STJ. "Para se pedir a prisão temporária tem que ter pressupostos. No caso dele (Paulo Medina) não há nada nas diligências que se realizaram", afirmou o procurador.
Segundo ele, não há outros ministros do STJ sendo investigados nesse caso. "Nessa investigação, com certeza não."
Souza justificou ainda que não determinou à PF que fizesse busca e apreensão na casa do ministro porque "não havia interesse".
Questionado se iria sugerir à PF que o ministro fosse ouvido nas investigações, o procurador sinalizou que não há essa intenção. "Nesse momento nós estamos trabalhando com as pessoas que estão presas."
Fatos
Reportagem publicada nesta quarta-feira pela Folha informa que a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República apontaram no inquérito da operação "fortes indícios" de que o ministro era integrante da organização criminosa que comercializava sentenças judiciais em favor de bicheiros e bingueiros.
Para os dois órgãos, Medina pode ter negociado por R$ 1 milhão, por intermédio de seu irmão Virgílio Medina, liminar concedida no ano passado liberando 900 máquinas caça-níqueis apreendidas em Niterói. Virgílio está preso desde a última sexta-feira, na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, com outras 24 pessoas.
O procurador afirmou ainda que não vê motivos para que o ministro se afaste do STJ. "É uma fase de investigação, não há denúncia ainda", disse.
Vazamento
Souza criticou o vazamento das informações sobre as investigações. Segundo ele, o sucesso da operação é conseqüência do sigilo com que o caso vinha sendo tratado.
O procurador alertou os advogados de que o processo corre em segredo de Justiça e que não pode ser violado. O procurador revelou que apenas duas pessoas no STF tinham conhecimento da operação até as prisões realizadas na sexta-feira passada.
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