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08/05/2007
-
13h31
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A base aliada do governo no Senado trabalha nos bastidores para evitar que a CPI do Apagão Aéreo seja instalada na Casa. Os líderes governistas buscam um acordo com a oposição para que as investigações sobre a crise aérea do país se concentrem apenas na Câmara dos Deputados --onde o governo tem ampla maioria entre os integrantes da comissão.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), admitiu hoje que um acordo entre governo e oposição pode evitar que a CPI seja instalada no Senado. Renan disse se contrário à instalação de duas CPIs para investigarem a crise aérea. "Há uma divisão interna, eu não vejo muita racionalidade na existência de duas CPIs", afirmou.
Renan reconheceu, no entanto, que a CPI só não será instalada no Senado se a oposição der esse aval. "Do ponto de vista do regimento, da Constituição, sobretudo depois da decisão do Supremo Tribunal Federal, não há muito o que fazer a não ser um acordo de líderes", afirmou Renan.
A oposição avisou que não está disposta a abrir mão da CPI do Senado, da qual poderá indicar seis dos 13 integrantes titulares. O vice-líder do DEM (ex-PFL) no Senado, Demóstenes Torres (GO), disse à Folha Online que não há recuo da oposição na defesa da instalação da CPI.
"Não há essa possibilidade. Tem muita coisa que temos que investigar, especialmente na Infraero. A gente não quer fazer firula para incendiar nada. Mas um dos direitos dos parlamentares é investigar", afirmou.
Prazo
A instalação da CPI do Apagão no Senado está prevista para a semana que vem, quando termina o prazo para os partidos indicarem os integrantes da comissão. O PSDB e o DEM (ex-PFL) já indicaram os nomes escolhidos para integrar a CPI, mas os partidos da base aliada do governo ainda não formalizaram as escolhas.
O DEM indicou os senadores Demóstenes Torres (GO), José Agripino Maia (RN) e Antonio Carlos Magalhães (BA) para titulares da CPI. Já o PSDB escolheu os senadores Sérgio Guerra (PE) e Mário Couto (PA) também como membros titulares.
As duas legendas indicaram ainda os senadores Raimundo Colombo (DEM-SC), Romeu Tuma (DEM-SP), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) para suplentes da CPI.
Os governistas temem que a CPI do Senado se transforme em uma nova "CPI do fim do Mundo" --apelido recebido pela CPI dos Bingos --uma vez que governo e oposição têm direito a indicar praticamente o mesmo número de integrantes na comissão.
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da Folha Online, em Brasília
A base aliada do governo no Senado trabalha nos bastidores para evitar que a CPI do Apagão Aéreo seja instalada na Casa. Os líderes governistas buscam um acordo com a oposição para que as investigações sobre a crise aérea do país se concentrem apenas na Câmara dos Deputados --onde o governo tem ampla maioria entre os integrantes da comissão.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), admitiu hoje que um acordo entre governo e oposição pode evitar que a CPI seja instalada no Senado. Renan disse se contrário à instalação de duas CPIs para investigarem a crise aérea. "Há uma divisão interna, eu não vejo muita racionalidade na existência de duas CPIs", afirmou.
Renan reconheceu, no entanto, que a CPI só não será instalada no Senado se a oposição der esse aval. "Do ponto de vista do regimento, da Constituição, sobretudo depois da decisão do Supremo Tribunal Federal, não há muito o que fazer a não ser um acordo de líderes", afirmou Renan.
A oposição avisou que não está disposta a abrir mão da CPI do Senado, da qual poderá indicar seis dos 13 integrantes titulares. O vice-líder do DEM (ex-PFL) no Senado, Demóstenes Torres (GO), disse à Folha Online que não há recuo da oposição na defesa da instalação da CPI.
"Não há essa possibilidade. Tem muita coisa que temos que investigar, especialmente na Infraero. A gente não quer fazer firula para incendiar nada. Mas um dos direitos dos parlamentares é investigar", afirmou.
Prazo
A instalação da CPI do Apagão no Senado está prevista para a semana que vem, quando termina o prazo para os partidos indicarem os integrantes da comissão. O PSDB e o DEM (ex-PFL) já indicaram os nomes escolhidos para integrar a CPI, mas os partidos da base aliada do governo ainda não formalizaram as escolhas.
O DEM indicou os senadores Demóstenes Torres (GO), José Agripino Maia (RN) e Antonio Carlos Magalhães (BA) para titulares da CPI. Já o PSDB escolheu os senadores Sérgio Guerra (PE) e Mário Couto (PA) também como membros titulares.
As duas legendas indicaram ainda os senadores Raimundo Colombo (DEM-SC), Romeu Tuma (DEM-SP), Arthur Virgílio (PSDB-AM) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) para suplentes da CPI.
Os governistas temem que a CPI do Senado se transforme em uma nova "CPI do fim do Mundo" --apelido recebido pela CPI dos Bingos --uma vez que governo e oposição têm direito a indicar praticamente o mesmo número de integrantes na comissão.
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