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09/05/2007
-
19h39
GABRIELA GUERREIRO
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A Câmara dos Deputados aprovou hoje um projeto de lei que cria o Dia Nacional de Frei Galvão --que será festejado em 11 de maio. Por votação simbólica, os deputados aprovaram a criação da data em homenagem ao futuro santo sem transformá-la em feriado nacional em 2007 --como chegou a ser aprovado no Senado.
Acompanhe a visita do papa Bento 16 ao Brasil em tempo real na Folha Online.
O projeto aprovado hoje prevê a inclusão no calendário histórico-cultural do país o Dia de Frei Galvão.
A Comissão de Educação da Câmara aprovou a homenagem sem o feriado e foi seguida pelo plenário da Câmara. Como a proposta original do Senado --de autoria do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) --foi modificada pelos deputados, o projeto seguirá agora para nova votação dos senadores.
Como a pauta do plenário do Senado está trancada por medidas provisórias, mesmo que os senadores queiram restituir o projeto original, não haveria tempo --já que o feriado seria apenas no dia 11 deste ano.
A própria CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) se posicionou contra o projeto que define o dia 11 de maio deste ano como feriado nacional em homenagem a frei Galvão. A CNBB considerou inoportuna a criação de mais um feriado no país, mesmo com a homenagem ao frei. A entidade defende apenas a criação da data para que o santo seja lembrado pelos brasileiros.
Os parlamentares se dividiram sobre a criação do feriado em homenagem a frei Galvão. "Nós católicos não queremos o feriado, mas a comemoração do dia para homenagear uma santidade. Não há conflito com nenhuma religião do país, só queremos ser respeitados na nossa fé", disse o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).
O líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP), defendeu a criação do feriado para evitar que o projeto retorne ao Senado para nova votação. "Se voltar para o Senado, não teremos tempo hábil para homenagear o santo brasileiro já que frei Galvão será canonizado na sexta-feira", disse.
O deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), que presidiu a sessão da Câmara, também defendeu a criação do feriado. "É só um dia útil para homenagear o santo. Se mudarmos, terá que seguir para o Senado para outra votação e talvez não tenhamos tempo de homenagear o nosso santo", defendeu Inocêncio.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) criticou a homenagem ao frei pelo Congresso. "O Brasil é um Estado laico. O Congresso não deve legislar sobre essa matéria. É princípio da Constituição dar tratamento equânime às religiões", disse.
O frade franciscano Antônio de Sant'Anna Galvão, o frei Galvão, será canonizado pelo papa Bento 16 em São Paulo na sexta-feira, durante missa no Campo de Marte, zona norte de São Paulo --por isso o Congresso quer criar a data em sua homenagem. O frade será o primeiro brasileiro nato a ser declarado santo pelo Vaticano. Madre Paulina, feita santa por João Paulo 2º em 2002, passou a maior parte da vida no Brasil, mas nasceu na Itália.
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Câmara rejeita feriado e cria dia de homenagem a frei Galvão
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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A Câmara dos Deputados aprovou hoje um projeto de lei que cria o Dia Nacional de Frei Galvão --que será festejado em 11 de maio. Por votação simbólica, os deputados aprovaram a criação da data em homenagem ao futuro santo sem transformá-la em feriado nacional em 2007 --como chegou a ser aprovado no Senado.
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O projeto aprovado hoje prevê a inclusão no calendário histórico-cultural do país o Dia de Frei Galvão.
A Comissão de Educação da Câmara aprovou a homenagem sem o feriado e foi seguida pelo plenário da Câmara. Como a proposta original do Senado --de autoria do senador Francisco Dornelles (PP-RJ) --foi modificada pelos deputados, o projeto seguirá agora para nova votação dos senadores.
Como a pauta do plenário do Senado está trancada por medidas provisórias, mesmo que os senadores queiram restituir o projeto original, não haveria tempo --já que o feriado seria apenas no dia 11 deste ano.
A própria CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) se posicionou contra o projeto que define o dia 11 de maio deste ano como feriado nacional em homenagem a frei Galvão. A CNBB considerou inoportuna a criação de mais um feriado no país, mesmo com a homenagem ao frei. A entidade defende apenas a criação da data para que o santo seja lembrado pelos brasileiros.
Os parlamentares se dividiram sobre a criação do feriado em homenagem a frei Galvão. "Nós católicos não queremos o feriado, mas a comemoração do dia para homenagear uma santidade. Não há conflito com nenhuma religião do país, só queremos ser respeitados na nossa fé", disse o deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).
O líder do PSDB na Câmara, Antonio Carlos Pannunzio (SP), defendeu a criação do feriado para evitar que o projeto retorne ao Senado para nova votação. "Se voltar para o Senado, não teremos tempo hábil para homenagear o santo brasileiro já que frei Galvão será canonizado na sexta-feira", disse.
O deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), que presidiu a sessão da Câmara, também defendeu a criação do feriado. "É só um dia útil para homenagear o santo. Se mudarmos, terá que seguir para o Senado para outra votação e talvez não tenhamos tempo de homenagear o nosso santo", defendeu Inocêncio.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) criticou a homenagem ao frei pelo Congresso. "O Brasil é um Estado laico. O Congresso não deve legislar sobre essa matéria. É princípio da Constituição dar tratamento equânime às religiões", disse.
O frade franciscano Antônio de Sant'Anna Galvão, o frei Galvão, será canonizado pelo papa Bento 16 em São Paulo na sexta-feira, durante missa no Campo de Marte, zona norte de São Paulo --por isso o Congresso quer criar a data em sua homenagem. O frade será o primeiro brasileiro nato a ser declarado santo pelo Vaticano. Madre Paulina, feita santa por João Paulo 2º em 2002, passou a maior parte da vida no Brasil, mas nasceu na Itália.
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