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17/12/2003
-
14h31
da France Presse, em Paris (França)
A fusão nuclear controlada, para a qual França e Japão propõem áreas de testes em seus territórios, imita o processo que ocorre no interior das estrelas como o Sol para produzir energia.
Durante reunião em Washington (EUA) no próximo sábado, ministros da Energia dos participantes do projeto Iter (sigla em inglês para International Termonuclear Experimental Reactor) decidirão o local onde será instalado o reator de fusão experimental. Dois locais concorrem à sede do projeto: Cadarache, no sudeste da França, e Rokkasho-mura, no norte do Japão. Participam do consórcio Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, Japão, Rússia e União Européia.
Alternativa à fissão nuclear, a fusão nuclear controlada tem a ambição de reproduzir o que ocorre no núcleo do Sol. Durante anos, os cientistas tentaram sem sucesso controlar este processo, através do qual os núcleos de dois átomos de deutério (forma pesada do hidrogênio) se fundem para se transformar em trício, desprendendo uma grande quantidade de energia.
A fissão nuclear, que se produz nas usinas, provoca, por sua vez, a fragmentação de um átomo para produzir energia. Mas, enquanto a ciência é capaz, desde 1942, de produzir a fissão dos núcleos pesados do urânio, a fusão ainda não foi controlada, apesar de mais de 30 anos de esforços, embora hoje pareça tecnicamente possível.
A fragmentação dos núcleos pesados (do urânio-235 ou do plutônio-239), mediante o bombardeio de nêutrons, é um procedimento muito mais simples do que a fusão, visto que esta precisa, para vencer a repulsão dos átomos entre si, de temperaturas da ordem de milhões de graus. A essa temperatura, a matéria se encontra em estado de plasma, a forma mais comum do universo.
Os físicos podem aquecer esse plasma em câmaras de vácuo cilíndricas, inventadas pelos russos e denominadas "tokamaks" (acrônimo formado pelas palavras russas corrente, câmara e magnética).
O deutério é praticamente inesgotável: pode ser extraído facilmente da água. O trício, por sua vez, não existe na natureza, mas pode ser facilmente obtido pela irradiação do lítio dentro das máquinas tokamak.
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Fusão nuclear controlada imita o Sol para produzir energia
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A fusão nuclear controlada, para a qual França e Japão propõem áreas de testes em seus territórios, imita o processo que ocorre no interior das estrelas como o Sol para produzir energia.
Durante reunião em Washington (EUA) no próximo sábado, ministros da Energia dos participantes do projeto Iter (sigla em inglês para International Termonuclear Experimental Reactor) decidirão o local onde será instalado o reator de fusão experimental. Dois locais concorrem à sede do projeto: Cadarache, no sudeste da França, e Rokkasho-mura, no norte do Japão. Participam do consórcio Canadá, China, Coréia do Sul, Estados Unidos, Japão, Rússia e União Européia.
Alternativa à fissão nuclear, a fusão nuclear controlada tem a ambição de reproduzir o que ocorre no núcleo do Sol. Durante anos, os cientistas tentaram sem sucesso controlar este processo, através do qual os núcleos de dois átomos de deutério (forma pesada do hidrogênio) se fundem para se transformar em trício, desprendendo uma grande quantidade de energia.
A fissão nuclear, que se produz nas usinas, provoca, por sua vez, a fragmentação de um átomo para produzir energia. Mas, enquanto a ciência é capaz, desde 1942, de produzir a fissão dos núcleos pesados do urânio, a fusão ainda não foi controlada, apesar de mais de 30 anos de esforços, embora hoje pareça tecnicamente possível.
A fragmentação dos núcleos pesados (do urânio-235 ou do plutônio-239), mediante o bombardeio de nêutrons, é um procedimento muito mais simples do que a fusão, visto que esta precisa, para vencer a repulsão dos átomos entre si, de temperaturas da ordem de milhões de graus. A essa temperatura, a matéria se encontra em estado de plasma, a forma mais comum do universo.
Os físicos podem aquecer esse plasma em câmaras de vácuo cilíndricas, inventadas pelos russos e denominadas "tokamaks" (acrônimo formado pelas palavras russas corrente, câmara e magnética).
O deutério é praticamente inesgotável: pode ser extraído facilmente da água. O trício, por sua vez, não existe na natureza, mas pode ser facilmente obtido pela irradiação do lítio dentro das máquinas tokamak.
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