Publicidade
Publicidade
04/03/2005
-
15h29
da France Presse, em Berlim
Cerca de 7.000 cientistas se reuniram nesta sexta-feira em frente à porta da Universidade Técnica de Berlim para o início de uma série de eventos previstos durante o Congresso Europeu de Física, que será realizado este ano sob o lema "A Física desde Einstein".
Os cientistas, de 40 países, participam deste evento, onde durante seis dias serão realizadas centenas de conferências, encontros de especialistas e simpósios.
Os temas abarcam todas as áreas da física moderna: das pesquisas sobre dimensões infinitas do Universo, passado pelos buracos negros e Marte, até as partículas subatômicas, mas também questões de atualidade mundial como o controle armamentista e o terrorismo nuclear.
O congresso se dirige, sobretudo, às novas gerações de pesquisadores científicos, nas palavras do presidente da Sociedade Alemã de Física, Knut Urban, no ato de inauguração.
Também o sábio alemão Albert Einstein, cuja formulação da teoria da relatividade completa cem anos, fez suas principais descobertas científicas como jovem pesquisador, evocou o acadêmico.
No início do século 20, Einstein e o físico alemão Max Planck eram membros da Sociedade Alemã de Física, que realiza o maior congresso de sua história, desde a sua fundação, há 160 anos.
"Einstein começou a construir caminhos que chegam até os dias de hoje", acrescentou o acadêmico. Mas seria pouco perspicaz pensar que da investigação básica possam surtir efeitos imediatos sobre o mercado de trabalho, destacou Urban.
O catedrático afirmou que a pesquisa científica na Alemanha carece atualmente de apoio financeiro e de reconhecimento, advertindo os poderes públicos que não é tarefa da ciência assegurar postos de trabalho.
"Nada disto pode ser conseguido essencialmente da ciência", porque "constantemente há inovações que desbancam avanços anteriores", acrescentou o presidente da Sociedade Alemã de Física.
O reitor da Universidade Humboldt de Berlim, Juergen Mlynek, advertiu por sua vez, com grande preocupação para a deterioração que está ocorrendo nas faculdades, devido aos cortes orçamentários.
"A universidade continua sendo o lugar central onde se criam e compartilham conhecimentos", destacou o acadêmico.
O congresso oferece também um "festival de física" para os leigos no tema, com dissertações públicas sobre assuntos como a teoria da relatividade ou o funcionamento das células dos seres vivos.
Na próxima segunda-feira, 7 de março, o prêmio Nobel de física (1985) Klaus von Klitzing falará sobre a teoria quântica de Einstein.
Klitzing obteve o prêmio Nobel pela descoberta do efeito do hall quântico, que mostra que a resitência eletrica de um material não varia de forma linear, mas "em saltos", com a intensidade do campo magnético.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Universidade Técnica de Berlim
Cientistas se reúnem no maior congresso europeu de física
Publicidade
Cerca de 7.000 cientistas se reuniram nesta sexta-feira em frente à porta da Universidade Técnica de Berlim para o início de uma série de eventos previstos durante o Congresso Europeu de Física, que será realizado este ano sob o lema "A Física desde Einstein".
Os cientistas, de 40 países, participam deste evento, onde durante seis dias serão realizadas centenas de conferências, encontros de especialistas e simpósios.
Os temas abarcam todas as áreas da física moderna: das pesquisas sobre dimensões infinitas do Universo, passado pelos buracos negros e Marte, até as partículas subatômicas, mas também questões de atualidade mundial como o controle armamentista e o terrorismo nuclear.
O congresso se dirige, sobretudo, às novas gerações de pesquisadores científicos, nas palavras do presidente da Sociedade Alemã de Física, Knut Urban, no ato de inauguração.
Também o sábio alemão Albert Einstein, cuja formulação da teoria da relatividade completa cem anos, fez suas principais descobertas científicas como jovem pesquisador, evocou o acadêmico.
No início do século 20, Einstein e o físico alemão Max Planck eram membros da Sociedade Alemã de Física, que realiza o maior congresso de sua história, desde a sua fundação, há 160 anos.
"Einstein começou a construir caminhos que chegam até os dias de hoje", acrescentou o acadêmico. Mas seria pouco perspicaz pensar que da investigação básica possam surtir efeitos imediatos sobre o mercado de trabalho, destacou Urban.
O catedrático afirmou que a pesquisa científica na Alemanha carece atualmente de apoio financeiro e de reconhecimento, advertindo os poderes públicos que não é tarefa da ciência assegurar postos de trabalho.
"Nada disto pode ser conseguido essencialmente da ciência", porque "constantemente há inovações que desbancam avanços anteriores", acrescentou o presidente da Sociedade Alemã de Física.
O reitor da Universidade Humboldt de Berlim, Juergen Mlynek, advertiu por sua vez, com grande preocupação para a deterioração que está ocorrendo nas faculdades, devido aos cortes orçamentários.
"A universidade continua sendo o lugar central onde se criam e compartilham conhecimentos", destacou o acadêmico.
O congresso oferece também um "festival de física" para os leigos no tema, com dissertações públicas sobre assuntos como a teoria da relatividade ou o funcionamento das células dos seres vivos.
Na próxima segunda-feira, 7 de março, o prêmio Nobel de física (1985) Klaus von Klitzing falará sobre a teoria quântica de Einstein.
Klitzing obteve o prêmio Nobel pela descoberta do efeito do hall quântico, que mostra que a resitência eletrica de um material não varia de forma linear, mas "em saltos", com a intensidade do campo magnético.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
- Sons irritantes de mastigação fazem parte do cérebro entrar em parafuso
- Continente perdido há milhões de anos é achado debaixo do Oceano Índico
- Por que é tão difícil definir o que é vida e o que são seres 'vivos'
- Conheça as histórias de mulheres de sucesso na Nasa
+ Comentadas
- Criatura em forma de saco e sem ânus poderia ser antepassado do homem
- Atritos entre governo estadual e Fapesp são antigos, dizem cientistas
+ EnviadasÍndice