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17/05/2005 - 09h47

Vacina aumenta chance de fumantes largarem o vício

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da Folha de S.Paulo

Uma vacina experimental contra a nicotina ajudou 40% dos fumantes freqüentes a largar o hábito durante seis meses num teste clínico realizado com 341 voluntários.

A vacina, desenvolvida pela empresa suíça Cytos Biotechnology AG, teve os resultados de seu teste de fase 2 (a segunda etapa dos ensaios clínicos em seres em humanos) divulgados durante a reunião da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, em Orlando (EUA). Agora, a empresa quer partir para a fase 3, esperando levar o produto ao mercado em 2010.

Espantosamente, 31% dos pacientes que receberam placebo --uma substância inócua-- no estudo clínico também pararam de fumar, o que traria a eficiência média da vacina para cerca de 10%.

No entanto, entre os que receberam a imunização, o grau de abstinência variava de acordo com o quão forte foi a resposta do sistema imunológico. Daqueles que produziram um número alto de anticorpos --ou seja, que tiveram uma reação forte--, 57% abandonaram o hábito.

A vacina não teve resultados melhores do que o placebo nos pacientes que tiveram reação imunológica fraca ou moderada (nesses dois grupos, houve abstinência contínua em 32% dos voluntários).

Batizada de CYT002-NicQB, a vacina usa parte de uma proteína de um vírus geneticamente modificado para produzir uma resposta do sistema de defesa do organismo contra a nicotina. Pacientes vacinados produzem anticorpos que neutralizam a nicotina.

"Eles não acham que precisam de um cigarro para se sentir bem", disse Jacques Cornuz, do Hospital Universitário de Lausanne (Suíça), que liderou o estudo clínico.

O estudo de fase 2 se destinava a testar a segurança da vacina e a tolerância dos pacientes.

Dois terços dos 341 voluntários no experimento receberam cinco doses da vacina durante quatro meses. Um terço recebeu placebo. Nem os pacientes nem os médicos sabiam quem estava tomando o quê, num procedimento que os cientistas chamam de duplo-cego --que é o padrão de ouro para estudos clínicos. Todos os voluntários foram aconselhados a parar de fumar.

"A coisa toda é totalmente exploratória", disse à agência de notícias Reuters Wolfgang Renner, executivo-chefe da Cytos Biotechnology.

Todos os pacientes vacinados tiveram algum tipo de reação imunológica contra a nicotina, ou seja, produziram anticorpos em maior ou menor quantidade. Os voluntários foram acompanhados pelos pesquisadores durante 24 semanas.

Com agências internacionais

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