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20/07/2005
-
10h27
RICARDO BONALUME NETO
Enviado especial da Folha de S.Paulo a Fortaleza
O alemão, depois naturalizado suíço-alemão, depois naturalizado americano, Albert Einstein (1879-1955) tornou-se um símbolo da ciência no século 20, assim como o espanhol Pablo Picasso (1881-1973) teve o mesmo papel na arte. O pesquisador americano Arthur I. Miller ficou tão curioso com os paralelos das vidas desses dois que resolveu compará-las. E descobriu algumas coincidências que, ao menos em sua visão, não podem ser descritas como "meras".
"Eu fiquei intrigado por eles terem feito certas coisas ao mesmo tempo, ligadas pelos conceitos de espaço e tempo", disse Miller, que trabalha no University College, Londres. "É um belo exemplo da interação entre ciência e arte", disse ele, em palestra proferida ontem, durante a reunião da SBPC, em Fortaleza.
Em 1905, Einstein publicou a primeira parte da teoria da relatividade (a chamada relatividade restrita, que ainda não dava conta dos fenômenos gravitacionais, mas já revolucionava os conceitos de espaço e de tempo, tornando-os flexíveis). Em 1907, Picasso pintou seu quadro de maior impacto estético, "Demoiselles d'Avignon" (senhoritas --no caso, prostitutas-- de Avignon), lançador do movimento cubista na arte.
Para Miller, a primeira década do século passado foi um momento excitante na cultura ocidental, quando o conhecimento tradicional estava sendo questionado na arte, na música, na arquitetura, na ciência.
Einstein buscava uma "estética minimalista" na descrição dos fenômenos físicos, e sua teoria mostra o triunfo da concepção sobre a percepção.
Entender a teoria da relatividade, que sugere que o espaço e o tempo têm comprimentos e durações diferentes, dependendo da situação de quem os mede, de fato foge completamente ao senso comum.
Já o quadro das senhoritas mostra uma estética baseada em elementos geométricos. "O que você vê não é sempre o que você obtém", dizem os trabalhos dos dois revolucionários, segundo Miller.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Pablo Picasso
Veja cobertura completa no especial "100 Anos da Teoria de Einstein"
Pesquisador dos EUA compara Albert Einstein ao espanhol Picasso
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Enviado especial da Folha de S.Paulo a Fortaleza
O alemão, depois naturalizado suíço-alemão, depois naturalizado americano, Albert Einstein (1879-1955) tornou-se um símbolo da ciência no século 20, assim como o espanhol Pablo Picasso (1881-1973) teve o mesmo papel na arte. O pesquisador americano Arthur I. Miller ficou tão curioso com os paralelos das vidas desses dois que resolveu compará-las. E descobriu algumas coincidências que, ao menos em sua visão, não podem ser descritas como "meras".
"Eu fiquei intrigado por eles terem feito certas coisas ao mesmo tempo, ligadas pelos conceitos de espaço e tempo", disse Miller, que trabalha no University College, Londres. "É um belo exemplo da interação entre ciência e arte", disse ele, em palestra proferida ontem, durante a reunião da SBPC, em Fortaleza.
Em 1905, Einstein publicou a primeira parte da teoria da relatividade (a chamada relatividade restrita, que ainda não dava conta dos fenômenos gravitacionais, mas já revolucionava os conceitos de espaço e de tempo, tornando-os flexíveis). Em 1907, Picasso pintou seu quadro de maior impacto estético, "Demoiselles d'Avignon" (senhoritas --no caso, prostitutas-- de Avignon), lançador do movimento cubista na arte.
Para Miller, a primeira década do século passado foi um momento excitante na cultura ocidental, quando o conhecimento tradicional estava sendo questionado na arte, na música, na arquitetura, na ciência.
Einstein buscava uma "estética minimalista" na descrição dos fenômenos físicos, e sua teoria mostra o triunfo da concepção sobre a percepção.
Entender a teoria da relatividade, que sugere que o espaço e o tempo têm comprimentos e durações diferentes, dependendo da situação de quem os mede, de fato foge completamente ao senso comum.
Já o quadro das senhoritas mostra uma estética baseada em elementos geométricos. "O que você vê não é sempre o que você obtém", dizem os trabalhos dos dois revolucionários, segundo Miller.
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