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18/11/2005 - 10h58

Experiência genética faz organismo viver seis vezes mais

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da Efe, em Londres

Uma experiência genética realizada nos Estados Unidos conseguiu fazer com que certos organismos vivessem seis vezes mais do que o normal. Isto abre caminho para a pesquisa de tratamentos que retardam o envelhecimento humano, segundo reportagem publicada hoje no jornal "The Guardian".

De acordo com o diário, cientistas da Universidade do Sul da Califórnia, entre eles o gerontologista biomédico Valter Longo, manipularam o gene responsável pelo ritmo do envelhecimento dos seres vivos.

A experiência foi feita em seres monocelulares, dos quais foram extraídos dois genes-chave, o Sir2 e o SCH9. Este último é encarregado de transformar os nutrientes em energia. Os cientistas forçaram as células a alcançar um estado "de extrema sobrevivência" ao negar-lhes acesso aos alimentos, explica o jornal.

Em vez de crescer rapidamente e mostrar sinais de envelhecimento, os organismos ficaram mais fortes e consertaram defeitos genéticos que aparecem com a idade, freqüentemente levando ao câncer.

"Com esta manipulação genética, obtém-se uma das maiores médias de tempo de vida já descritas", afirmou Longo. "Temos razões para acreditar que este efeito se reproduz em outros organismos. Agora faremos testes em células de ratos e humanos para ver se obtemos a mesma resposta."

Pesquisas anteriores demonstraram que uma restrição da dieta pode retardar a velhice em 40% do tempo em moscas, vermes e ratos, que adaptam o organismo para deter o crescimento e o envelhecimento. Isso aconteceria em detrimento da capacidade reprodutiva.

Os cientistas investigam agora tratamentos que podem retardar o processo de envelhecimento sem a necessidade de reduzir a ingestão de alimentos, afirma o "The Guardian".

"Não estamos longe de desenvolver fármacos capazes de colocar o ser humano em um estado de anti-envelhecimento. Isso não quer dizer que vamos viver seis vezes mais, mas poderemos desacelerar o dano genético que acumulamos com a idade, o que poderia nos proteger do câncer", afirmou Longo.

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