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12/12/2005
-
09h14
RICARDO BONALUME NETO
da Folha de S.Paulo
Em uma parceria rara, economistas e pesquisadores do cérebro se juntaram para entender como o ser humano lida com a incerteza na hora de tomar decisões. E descobriram que a necessidade de fazer escolhas em condições ambíguas ativa as áreas cerebrais ligadas às emoções.
Até agora, os pesquisadores tinham se concentrado mais em entender o processo de tomada de decisões ligado ao "risco", a situações com graus diferentes de probabilidade de um resultado.
Faltava entender melhor aqueles casos em que a falta de informação produz incerteza.
Os economistas e neurocientistas decidiram checar o que se passa no cérebro nesses momentos, usando técnicas já clássicas de imageamento das áreas ativadas pelo metabolismo do órgão.
Teoricamente, "as únicas variáveis que deveriam influenciar uma escolha incerta são as probabilidades julgadas de resultados possíveis e a avaliação desses resultados", escreveram Ming Hsu, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, e colegas, em artigo na última edição da revista "Science" (www.sciencemag.org).
A incerteza faz com que os eventos sejam classificados como "arriscados" ou "ambíguos" --nesse último caso, quando há falta de evidência para uma avaliação de probabilidade de risco. Na prática, experimentos têm demonstrado que muitas pessoas são mais propensas a apostar em eventos "arriscados" do que em "ambíguos", mesmo que a probabilidade seja a mesma.
Os estudos de imageamento cerebral mostraram que, ao avaliar uma escolha "arriscada" ou uma "ambígua", diferentes áreas do cérebro são ativadas. Ao avaliar a ambigüidade, o cérebro ativou a amígdala e o córtex orbitofrontal.
Para os cientistas, a compreensão das bases neurais da escolha em meio à incerteza é importante porque isso é comum em sociedade, com exemplos que vão desde a escolha de uma aposentadoria até a tomada de decisões militares.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Instituto de Tecnologia da Califórnia
Cérebro usa emoções para tomar decisões que envolvem incerteza
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da Folha de S.Paulo
Em uma parceria rara, economistas e pesquisadores do cérebro se juntaram para entender como o ser humano lida com a incerteza na hora de tomar decisões. E descobriram que a necessidade de fazer escolhas em condições ambíguas ativa as áreas cerebrais ligadas às emoções.
Até agora, os pesquisadores tinham se concentrado mais em entender o processo de tomada de decisões ligado ao "risco", a situações com graus diferentes de probabilidade de um resultado.
Faltava entender melhor aqueles casos em que a falta de informação produz incerteza.
Os economistas e neurocientistas decidiram checar o que se passa no cérebro nesses momentos, usando técnicas já clássicas de imageamento das áreas ativadas pelo metabolismo do órgão.
Teoricamente, "as únicas variáveis que deveriam influenciar uma escolha incerta são as probabilidades julgadas de resultados possíveis e a avaliação desses resultados", escreveram Ming Hsu, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, e colegas, em artigo na última edição da revista "Science" (www.sciencemag.org).
A incerteza faz com que os eventos sejam classificados como "arriscados" ou "ambíguos" --nesse último caso, quando há falta de evidência para uma avaliação de probabilidade de risco. Na prática, experimentos têm demonstrado que muitas pessoas são mais propensas a apostar em eventos "arriscados" do que em "ambíguos", mesmo que a probabilidade seja a mesma.
Os estudos de imageamento cerebral mostraram que, ao avaliar uma escolha "arriscada" ou uma "ambígua", diferentes áreas do cérebro são ativadas. Ao avaliar a ambigüidade, o cérebro ativou a amígdala e o córtex orbitofrontal.
Para os cientistas, a compreensão das bases neurais da escolha em meio à incerteza é importante porque isso é comum em sociedade, com exemplos que vão desde a escolha de uma aposentadoria até a tomada de decisões militares.
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