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29/03/2006 - 17h03

Células-tronco dão sensibilidade a ratos paraplégicos

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da France Presse, em Washington

Células-tronco neurais, extraídas em laboratório do cérebro de ratos adultos e implantadas em outras cobaias que ficaram paraplégicas após uma ruptura de medula, permitiram que os animais receptores recuperassem parcialmente o movimento das patas, segundo um estudo publicado no "Journal of Neuroscience" de 29 de março.

Essas células-tronco, chamadas de precursores neurais, têm a capacidade de se transformar em células do sistema nervoso central e de outros tecidos. A pesquisa, realizada por cientistas canadenses, abre a possibilidade de que essa técnica possa ser usada nos próximos anos para tratar pessoas paralisadas por problemas na medula.

A equipe de pesquisadores do Krembil Neuroscience Center, em Toronto, injetou células-tronco neurais em ratos paraplégicos. As células migraram para os tecidos danificados da medula espinhal para se transformar em células produtoras de mielina. Esta substância, constituída de lipídios e de proteínas, forma uma "bainha" em torno de alguns nervos, que transmitem os impulsos nervosos para o cérebro.

Embora os ratos não tenham recomeçado a andar normalmente, eles pelo menos recuperaram "uma capacidade motora importante, com uma melhor coordenação de suas articulações, assim como uma maior facilidade para sustentar seu peso", sublinhou Michael Fehlings, um neurocirurgião, um dos principais pesquisadores do grupo que realizou o estudo para o "Journal of Neuroscience" divulgado na quarta-feira.

Michael Felhings acredita que estudos similares poderão ser feitos em seres humanos entre cinco e dez anos após estudos suplementares com os animais.

Nos seres humanos, os pesquisadores poderiam extrair os precursores neurais por meio da introdução de uma agulha na região do cérebro em que geralmente se encontram essas células-tronco, afirmou Fehlings. Uma vez retiradas, as células poderiam ser injetadas numa área próxima à parte lesionada da medula espinhal.

De acordo com o cientista, o tratamento poderia funcionar para cerca de metade das pessoas que têm lesões na medula espinhal, as quais têm ainda nervos, mas carecem de mielina em quantidade suficiente.

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