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10/11/2006
-
11h51
da Efe, em Washington
Um grupo internacional de cientistas decifrou a seqüência do genoma do ouriço-do-mar e confirmou que sua genética é muito parecida com a do ser humano, revelou um estudo divulgado hoje pela revista "Science".
Segundo os cientistas, o conhecimento da seqüência genética do animal marinho pode ajudar na busca de tratamentos para doenças como câncer, infertilidade, cegueira e distrofia muscular.
A decodificação dos 23,3 mil genes das 814 milhões de bases de nucleotídeos dos cromossomos foi realizada durante um projeto de três anos, comandado pelo Centro de Seqüência do Genoma Humano do Colégio Baylor de Medicina, no Texas, informou a revista.
Segundo James Coffman, cientista do Laboratório Biológico Mount Desert Island, de Bar Harbor (Maine), a conformação genômica dos ouriços é parecida com a dos humanos. As duas espécies compartilham a maior parte das famílias genéticas.
Em outro artigo --de uma série de seis, publicados pela "Science"--, os cientistas afirmam que os ouriços compartilham 7.077 genes com o ser humano. Geneticamente, eles estão mais próximos do homem do que os vermes e os insetos.
Os ouriços têm "um extraordinário e complexo sistema imunológico", que não se baseia em anticorpos, como em alguns vertebrados, mas é eficaz o suficiente para proporcionar uma longevidade de cem anos, ou mais, segundo o estudo.
A imunidade inata se deve a um conjunto de proteínas que detectam aspectos de uma bactéria, por exemplo, e avisam as células do organismo sobre a presença do intruso. O mecanismo poderia proporcionar novos instrumentos na luta contra muitas doenças infecciosas, dizem os cientistas no relatório.
Defesa
Os animais marinhos também apresentam uma enorme capacidade para enfrentar ameaças químicas em seu ambiente graças a uma seqüência de genes que permite captar e eliminar substâncias tóxicas. Sem a reação, agentes químicos, como metais pesados, poderiam causar envelhecimento precoce, doenças e até morte.
Em outro artigo, um grupo de cientistas afirmou que a análise do genoma do ouriço-do-mar tem amplas implicações para o conhecimento das bases genéticas da imunidade nos vertebrados.
Segundo o geneticista Gary Litman, um dos autores do artigo, a decodificação do genoma "pode revelar aspectos importantes sobre a forma como interagem nossos sistemas imunológicos [inato e adaptado] e, assim, explicar como os genes trabalham para a manutenção da saúde".
O projeto, patrocinado pela Fundação Nacional das Ciências e pelos Institutos Nacionais da Saúde dos EUA, contou com cientistas do Canadá e Estados Unidos.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ouriço-do-mar
DNA de ouriço-do-mar é semelhante a de humanos
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Um grupo internacional de cientistas decifrou a seqüência do genoma do ouriço-do-mar e confirmou que sua genética é muito parecida com a do ser humano, revelou um estudo divulgado hoje pela revista "Science".
Fernando Moraes/Folha Imagem |
Os ouriços têm um extraordinário e complexo sistema imunológico |
A decodificação dos 23,3 mil genes das 814 milhões de bases de nucleotídeos dos cromossomos foi realizada durante um projeto de três anos, comandado pelo Centro de Seqüência do Genoma Humano do Colégio Baylor de Medicina, no Texas, informou a revista.
Segundo James Coffman, cientista do Laboratório Biológico Mount Desert Island, de Bar Harbor (Maine), a conformação genômica dos ouriços é parecida com a dos humanos. As duas espécies compartilham a maior parte das famílias genéticas.
Em outro artigo --de uma série de seis, publicados pela "Science"--, os cientistas afirmam que os ouriços compartilham 7.077 genes com o ser humano. Geneticamente, eles estão mais próximos do homem do que os vermes e os insetos.
Os ouriços têm "um extraordinário e complexo sistema imunológico", que não se baseia em anticorpos, como em alguns vertebrados, mas é eficaz o suficiente para proporcionar uma longevidade de cem anos, ou mais, segundo o estudo.
A imunidade inata se deve a um conjunto de proteínas que detectam aspectos de uma bactéria, por exemplo, e avisam as células do organismo sobre a presença do intruso. O mecanismo poderia proporcionar novos instrumentos na luta contra muitas doenças infecciosas, dizem os cientistas no relatório.
Defesa
Os animais marinhos também apresentam uma enorme capacidade para enfrentar ameaças químicas em seu ambiente graças a uma seqüência de genes que permite captar e eliminar substâncias tóxicas. Sem a reação, agentes químicos, como metais pesados, poderiam causar envelhecimento precoce, doenças e até morte.
Em outro artigo, um grupo de cientistas afirmou que a análise do genoma do ouriço-do-mar tem amplas implicações para o conhecimento das bases genéticas da imunidade nos vertebrados.
Segundo o geneticista Gary Litman, um dos autores do artigo, a decodificação do genoma "pode revelar aspectos importantes sobre a forma como interagem nossos sistemas imunológicos [inato e adaptado] e, assim, explicar como os genes trabalham para a manutenção da saúde".
O projeto, patrocinado pela Fundação Nacional das Ciências e pelos Institutos Nacionais da Saúde dos EUA, contou com cientistas do Canadá e Estados Unidos.
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