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24/04/2007
-
22h44
da Associated Press
da Folha Online
Astrônomos encontraram um planeta fora do nosso Sistema Solar que é potencialmente habitável, com temperaturas parecidas com as da Terra. A descoberta foi considerada um grande passo na procura por vida extraterrestre.
O planeta tem o tamanho certo, pode ter água em forma líquida e, em termos de Universo, está relativamente perto, a cerca de 20,5 anos-luz da Terra. Ele gira em torno de uma anã vermelha --uma estrela muito menor, menos luminosa e mais fria que o nosso Sol-- chamada de Gliese 581.
A Gliese 581 é uma das cem estrelas mais próximas da Terra. Sua luminosidade é tão fraca que não pode ser vista sem um telescópio, mas fica na constelação de Libra.
O novo planeta leva o equivalente a 13 dias para girar em torno da estrela. A gravidade é 60% mais forte que a da Terra.
Mas a visão deve ser espetacular, dizem os cientistas. O planeta está 14 vezes mais perto da estrela que orbita do que a Terra em relação ao Sol. Por isso, a anã vermelha, vista no céu, seria 20 vezes maior que o da nossa lua.
O planeta, batizado de 581c, foi descoberto pelo telescópio do Observatório Europeu do Sul (Eso) em La Silla, no Chile.
No entanto, há muito a descobrir sobre o astro. Ele ainda pode se revelar inabitável.
Vida extraterrestre
"É um passo significativo na busca de vida no Universo", disse nesta terça-feira o astrônomo Michel Mayor, da Universidade de Genebra, um dos 11 cientistas europeus da equipe que encontrou o planeta.
Os resultados da descoberta ainda não foram publicados, mas foram submetidas à revista "Astronomy and Astrophysics".
Alan Boss, que trabalha no Carnegie Institution de Washington, onde uma equipe americana também procura planetas similares à Terra, considerou a descoberta "uma pedra fundamental neste assunto".
O 581c deve impulsionar estudos de planetas que circulam estrelas similares. Cerca de 80% das estrelas perto da Terra são anãs vermelhas.
O novo planeta é cinco vezes mais pesado que a Terra. Não se sabe ainda se ele é rochoso como a Terra ou se é uma esfera de gelo, com água líquida na superfície. Se for rochoso, que é o que a teoria prevalecente propõe, tem um diâmetro cerca de 1,5 vez maior que o do nosso planeta. Se for uma esfera de gelo, seria maior ainda.
O 581c deve ter uma atmosfera, mas sua composição ainda é um mistério. Se ela for muito densa, poderia tornar a temperatura da superfície do planeta quente demais, afirmou Mayor. Os pesquisadores, porém, acreditam que a temperatura média fique entre 0ºC e 40ºC.
Até agora, todos os 220 planetas que os astrônomos encontraram fora do Sistema Solar eram quentes demais, frios demais ou apenas grandes demais e muito gasosos, como Júpiter.
A suspeita de que exista água líquida é baseada em teoria sobre formação de planetas, e não em alguma evidência, disse Stephane Udry, também da Universidade de Genebra.
"Devido à temperatura e proximidade, este planeta provavelmente será um alvo importante de futuras missões espaciais dedicadas à procura de vida extraterrestre", disse o co-autor Xavier Delfosse, da Universidade de Grenoble.
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Astrônomos descobrem planeta que pode ser habitável
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da Folha Online
Astrônomos encontraram um planeta fora do nosso Sistema Solar que é potencialmente habitável, com temperaturas parecidas com as da Terra. A descoberta foi considerada um grande passo na procura por vida extraterrestre.
Eso/AP |
Desenho mostra como seria o sistema planetário em torno da estrela Gliese 581 |
A Gliese 581 é uma das cem estrelas mais próximas da Terra. Sua luminosidade é tão fraca que não pode ser vista sem um telescópio, mas fica na constelação de Libra.
O novo planeta leva o equivalente a 13 dias para girar em torno da estrela. A gravidade é 60% mais forte que a da Terra.
Mas a visão deve ser espetacular, dizem os cientistas. O planeta está 14 vezes mais perto da estrela que orbita do que a Terra em relação ao Sol. Por isso, a anã vermelha, vista no céu, seria 20 vezes maior que o da nossa lua.
O planeta, batizado de 581c, foi descoberto pelo telescópio do Observatório Europeu do Sul (Eso) em La Silla, no Chile.
No entanto, há muito a descobrir sobre o astro. Ele ainda pode se revelar inabitável.
Vida extraterrestre
"É um passo significativo na busca de vida no Universo", disse nesta terça-feira o astrônomo Michel Mayor, da Universidade de Genebra, um dos 11 cientistas europeus da equipe que encontrou o planeta.
Os resultados da descoberta ainda não foram publicados, mas foram submetidas à revista "Astronomy and Astrophysics".
Alan Boss, que trabalha no Carnegie Institution de Washington, onde uma equipe americana também procura planetas similares à Terra, considerou a descoberta "uma pedra fundamental neste assunto".
O 581c deve impulsionar estudos de planetas que circulam estrelas similares. Cerca de 80% das estrelas perto da Terra são anãs vermelhas.
O novo planeta é cinco vezes mais pesado que a Terra. Não se sabe ainda se ele é rochoso como a Terra ou se é uma esfera de gelo, com água líquida na superfície. Se for rochoso, que é o que a teoria prevalecente propõe, tem um diâmetro cerca de 1,5 vez maior que o do nosso planeta. Se for uma esfera de gelo, seria maior ainda.
O 581c deve ter uma atmosfera, mas sua composição ainda é um mistério. Se ela for muito densa, poderia tornar a temperatura da superfície do planeta quente demais, afirmou Mayor. Os pesquisadores, porém, acreditam que a temperatura média fique entre 0ºC e 40ºC.
Até agora, todos os 220 planetas que os astrônomos encontraram fora do Sistema Solar eram quentes demais, frios demais ou apenas grandes demais e muito gasosos, como Júpiter.
A suspeita de que exista água líquida é baseada em teoria sobre formação de planetas, e não em alguma evidência, disse Stephane Udry, também da Universidade de Genebra.
"Devido à temperatura e proximidade, este planeta provavelmente será um alvo importante de futuras missões espaciais dedicadas à procura de vida extraterrestre", disse o co-autor Xavier Delfosse, da Universidade de Grenoble.
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