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30/06/2007 - 11h23

Para pró-reitora da USP, acusação de plágio é "caso isolado"

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RAFAEL GARCIA
da Folha de S.Paulo

A crise gerada no Instituto de Física da USP após denúncias de plágio contra o grupo de pesquisa do diretor da entidade, Alejandro Szanto de Toledo, não deve ser usada para abalar a imagem da universidade, disse ontem a pró-reitora de pesquisa Mayana Zatz. Segundo a cientista, mesmo que o físico venha a ser considerado culpado, o fato deve ser tratado de maneira cuidadosa.

"É um caso isolado", disse. "A USP tem mais de 5.000 cientistas, e a qualidade da produção científica da universidade não pode ser questionada por conta de um episódio apenas."

Zatz diz que as denúncias contra Szanto já estão sendo apuradas por instâncias superiores, mas uma decisão sobre o caso não deve ser tomada de imediato. "Não podemos fazer um prejulgamento", afirmou.

A denúncia, que envolve Szanto de Toledo e outros colegas, está sendo investigada também pelo CNPq (Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e pela "Physical Review C", periódico científico que publicou um dos artigos sob suspeita.

A Folha apurou que Szanto se reuniu na manhã de ontem com a reitora da USP, Suely Vilela, mas a universidade não se pronunciou sobre o caso. Szanto é acusado por colegas de tentar intimidá-los com contradenúncias, mas a investigação do caso no IF ocorre sem que tenha sido negociado um afastamento temporário do diretor.

Anteontem, Szanto afirmou em reunião de professores que possuía um dossiê com nomes de colegas e que poderia implicá-los também em casos de cópia de artigos científicos. Na ocasião, apresentou um artigo assinado por outro professor, Mahir Hussein, que possuía trechos copiados.

O diretor apresentou também uma defesa de seu próprio trabalho, argumentando que o estudo questionado tinha apenas "erros de referenciamento".

 

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