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13/07/2001
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18h55
A reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) começou hoje, em Salvador, com a ajuda de uma instituição antes vista como "inimiga": o Exército.
O antagonismo entre o regime militar (1964-1985) e a sociedade de cientistas chegou a ameaçar a realização da reunião em outros anos. Hoje é a presença do exército em Salvador, que vive greve de policiais, que possibilita a realização do evento.
"É a SBPC do apagão e da greve, mas já foi da ditadura", disse Glaci Zancan, presidente da sociedade. Ela afastou a possibilidade de adiamento. "Quando se organiza um evento dessa magnitude, por meses a fio, você não cancela tudo assim, a não ser que haja guerrilha na rua."
O racionamento de energia deve afetar a cerimônia de abertura da reunião _as luzes do Centro de Convenções da Bahia estão previstas para serem apagadas às 22h.
A greve dos policiais confinou a maioria dos cientistas aos hotéis. E, mesmo em alguns deles, as opções de alimentação eram restritas, pela ausência de funcionários e do comércio.
Hoje pela manhã, no campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia, local em que começam amanhã as apresentações e debates científicos, havia fila de dezenas de pessoas, entre alunos e professores, fazendo a inscrição. A própria universidade fornece a segurança do campus, que recebeu reforço de efetivo.
O evento, em sua 53ª edição, teve numero recorde de inscrições para o acompanhamento das atividades. Os últimos números consolidados apontavam 9 mil inscritos, mas a organização espera chegar aos 13 mil.
O tema da reunião é "Nação e Diversidade: Patrimônio do Futuro", com a realização de simpósios que tratam desde a questão das minorias linguísticas até a possível existência de uma "ameaça à tradição e à diversidade exercida pelo carnaval baiano contemporâneo".
Também não faltarão à pauta os assuntos mais tradicionais ligados aos avanços recentes da ciência, como as questões ligadas à engenharia genética e à fase pós-decifração do genoma humano.
Reunião da SBPC começa em Salvador com a presença do Exército
da Folha de S.PauloA reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) começou hoje, em Salvador, com a ajuda de uma instituição antes vista como "inimiga": o Exército.
O antagonismo entre o regime militar (1964-1985) e a sociedade de cientistas chegou a ameaçar a realização da reunião em outros anos. Hoje é a presença do exército em Salvador, que vive greve de policiais, que possibilita a realização do evento.
"É a SBPC do apagão e da greve, mas já foi da ditadura", disse Glaci Zancan, presidente da sociedade. Ela afastou a possibilidade de adiamento. "Quando se organiza um evento dessa magnitude, por meses a fio, você não cancela tudo assim, a não ser que haja guerrilha na rua."
O racionamento de energia deve afetar a cerimônia de abertura da reunião _as luzes do Centro de Convenções da Bahia estão previstas para serem apagadas às 22h.
A greve dos policiais confinou a maioria dos cientistas aos hotéis. E, mesmo em alguns deles, as opções de alimentação eram restritas, pela ausência de funcionários e do comércio.
Hoje pela manhã, no campus de Ondina da Universidade Federal da Bahia, local em que começam amanhã as apresentações e debates científicos, havia fila de dezenas de pessoas, entre alunos e professores, fazendo a inscrição. A própria universidade fornece a segurança do campus, que recebeu reforço de efetivo.
O evento, em sua 53ª edição, teve numero recorde de inscrições para o acompanhamento das atividades. Os últimos números consolidados apontavam 9 mil inscritos, mas a organização espera chegar aos 13 mil.
O tema da reunião é "Nação e Diversidade: Patrimônio do Futuro", com a realização de simpósios que tratam desde a questão das minorias linguísticas até a possível existência de uma "ameaça à tradição e à diversidade exercida pelo carnaval baiano contemporâneo".
Também não faltarão à pauta os assuntos mais tradicionais ligados aos avanços recentes da ciência, como as questões ligadas à engenharia genética e à fase pós-decifração do genoma humano.
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